Um tema, três solos curtos: “3 Maneiras de Tocar no Assunto” aborda a homofobia e intolerância na sociedade moderna e é um manifesto artístico a favor de toda a diversidade. Com dramaturgia e atuação de Leonardo Netto e direção de Dadado de Freitas, a peça já foi assistida por mais de 20 mil espectadores.
Concluindo mais uma circulação em 2024, o espetáculo realiza única apresentação no Sesc Nova Iguaçu, dia 25/10, sexta, às 19h. Os ingressos já estão disponíveis e podem ser adquiridos somente na bilheteria física do teatro. “3 Maneiras de Tocar no Assunto” reúne três solos que colocam em pauta questões sobre homossexualidade, preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBTI+ em geral.
Os textos fazem uma interlocução direta com o público: o que há, afinal, de tão incômodo, maléfico e repugnante na homossexualidade? Por que, através dos tempos, ela teve sempre de ser punida? Por que a orientação sexual de uma pessoa pode a transformar num cidadão de segunda classe, com menos direitos que o resto da população? A montagem foi vencedora dos prêmios Cesgranrio (Melhor Texto Nacional Inédito, Ator e Categoria Especial, pela direção de movimento de Marcia Rubin), APTR-RJ (Melhor Autor e Iluminação) e Cenym de Teatro Nacional (Melhor Monólogo), acumulando quase 20 indicações em premiações.
No primeiro solo, “O homem de uniforme escolar”, o público assiste a uma aula de bullying homofóbico: o que é, como praticar e quais as suas consequências físicas e emocionais? São histórias reais de crianças e jovens que sofreram com o preconceito e a intolerância na escola. Na sequência, “O homem com a pedra na mão” parte do depoimento ficcional de um dos participantes da Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969 em Nova York, um marco fundamental da luta pelos direitos da comunidade LGBTI+. Uma descrição minuciosa da noite em que os frequentadores (gays, lésbicas, travestis, drag queens) do bar Stonewall Inn reagiram, pela primeira vez, a mais uma batida policial no local. O último solo, “O homem no Congresso Nacional”, foi construído a partir de falas e pronunciamentos do ex-deputado federal Jean Wyllys, proferidos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2018. Para criar o texto, Leonardo assistiu e transcreveu discursos, falas, entrevistas e declarações do parlamentar e, cuidadosamente, criou o depoimento de um deputado gay e ativista na tribuna da Câmara.
Contemplada pelo Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, a turnê do espetáculo “3 Maneiras de Tocar no Assunto” totaliza apresentações em cinco teatros do Sesc no estado – Unidades Ramos, Madureira, Campos dos Goytacazes, Teresópolis e a atual conclusão do circuito em Nova Iguaçu.
TRAJETÓRIA DO ESPETÁCULO:
“3 Maneiras de Tocar no Assunto” estreou em 2019 no Rio de Janeiro, com uma temporada de 3 meses no Teatro Poeirinha e, em 2020, entrou em cartaz em São Paulo, no Sesc Ipiranga.
Após a pandemia, o espetáculo retomou a estrada com sessões lotadas no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no Festival Palco Giratório em Porto Alegre e na programação do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte, convidado pelo Grupo Galpão. Entre 2022 e 2023, a peça foi realizada em mais 10 teatros da capital carioca, transitando por diversos bairros, além de apresentações na região metropolitana e no interior do RJ.
Em 2024, realiza turnê nas regiões norte e nordeste, além de percorrer o estado do RJ, entre outros circuitos.
FICHA TÉCNICA
Texto e atuação: Leonardo Netto
Direção: Dadado de Freitas
Direção de movimento: Marcia Rubin
Direção de produção: Luísa Barros
Iluminação: Renato Machado
Figurino: Luiza Fardin
Cenário: Elsa Romero
Visagismo: Marcio Mello
Trilha sonora: Rodrigo Marçal e Leonardo Netto
Adaptação de luz: Juju Moreira e Leandro Barreto
Produção executiva: Cláudia Barbot e Thaís Pinheiro
Fotos: Dalton Valerio e Rayane Mainara
Identidade visual: Lê Mascarenhas
Mídias sociais: Ronny Werneck
Assessoria de imprensa: Alessandra Costa
Serviço
Local: SESC Nova Iguaçu
Data: 25 de outubro (sexta)
Horário: 19h
Endereço: Teatro (Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá – Nova Iguaçu/RJ)
Ingressos: R$10 (inteira), R$5 (meia-entrada em casos previstos por lei), Gratuito (Credencial plena e PCG).
Vendas somente na bilheteria do teatro (Terça a sexta: 9h às 19h, Sábado: 9h às 19h; Domingo: 9h às 17h).
Capacidade: 384 lugares
Classificação: 14 anos | Duração: 80min | Gênero: Drama
MÍDIAS SOCIAIS DO ESPETÁCULO:
Instagram: https://www.instagram.com/3maneirasteatro/
Facebook: https://www.facebook.com/3maneirasteatro/
Sobre o autor e ator
LEONARDO NETTO é ator, diretor e dramaturgo. Estreou profissionalmente em 1989, dirigido por Amir Haddad. Integrou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo, companhia dirigida por Aderbal Freire-Filho. Trabalhou com diretores como Gilberto Gawronski, Ana Kfouri, Jefferson Miranda, João Falcão, Luiz Arthur Nunes, Enrique Diaz, Celso Nunes e Christiane Jatahy. Como ator, destaca as peças mais recentes “Conselho de Classe” (dir. Bel Garcia e Susana Ribeiro), “A Santa Joana dos Matadouros” (dir. Marina Vianna e Diogo Liberano), “Entonces Bailemos” (dir. Martín Flores Cárdenas), “3 Maneiras de Tocar no Assunto” (dir. Dadado de Freitas); em TV as séries “Magnífica 70”, “Me chama de Bruna” e a minissérie “Assédio” (Rede Globo); em cinema “Em Nome da Lei” de Sérgio Rezende e “Três Verões” de Sandra Kogut. Escreveu e dirigiu as peças “Para os que estão em casa” e “A ordem natural das coisas”. Diretor de “Um dia a menos” (monólogo com a atriz Ana Beatriz Nogueira) e “A menina escorrendo dos olhos da mãe”, com Sílvia Buarque e Guida Vianna. Recebeu os prêmios Cesgranrio de Melhor Ator e Texto e o APTR de Melhor Autor por “3 Maneiras de Tocar no Assunto” e o Cesgranrio de Melhor Texto por “A ordem natural das coisas”.
Sobre o diretor
DADADO DE FREITAS é diretor, dramaturgo e ator. Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, tem sua trajetória artística voltada à pesquisa dos corpos dissidentes e dos regimes de invisibilização. Diretor de “3 Maneiras de Tocar no Assunto”, indicado aos Prêmios Cesgranrio e APTR de Melhor Direção. Dirige no Teatro de Extremos: “O Homossexual ou a dificuldade de se expressar” – com 13 indicações aos Prêmios Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica – e “Balé Ralé”. Em 2021 dirigiu “A Doença do Outro” (solo escrito e interpretado por Ronaldo Serruya). Roteirizou e dirigiu as séries de radiodrama “A Mulher do Início do Mundo” e “O Viaduto”, e a série de teleteatro “Tônia, um corpo político”, para o Itaú Cultural. É colaborador do projeto artístico e transdisciplinar “Museu dos Meninos” desde 2019; dirigiu “Sem Título para uma Radiocoreografia” em parceria com o Festival Panorama e a performance “Arqueologias do Futuro”. Preparou o elenco da série “Dias Perfeitos” (Globoplay). Dirigiu o videoclipe da canção “Meu coração é brega”, de Fafá de Belém. Acredita na transgressão pela palavra, no corpo como dissidência e exercita a bichice e o desbunde como formas militantes de vida e de existência