Como um grande episódio especial de fim de ano, a família Crawley recebe o rei George V (neto da Rainha Vitória, filho do Rei Edward VII, pai dos reis Edward VIII e George VI e avô da Rainha Elizabeth II) e a rainha Maria de Teck, e terá de se preparar para a visita real do jeito que sempre lidou com questões menores: preparativos grandiosos, muita agitação nos andares debaixo e costuras políticas na superfície.
Na produção cinematográfica, os residentes de Downton recebem a notícia de uma visita real, e enquanto os moradores dos andares de cima se apressam para organizar os preparativos, os criados dos andares debaixo tentam encontrar um jeito de não serem substituídos pelos funcionários da Coroa. Fique despreocupado, o filme se passa depois dos acontecimentos da série, mas apesenta uma história central independente. Além disso, ele não toca em questões muito pessoais de cada personagem que precisem de conhecimento prévio.
Nesse contexto, a trama é básica, mas complementada por romances paralelos e questões políticas, tudo que se passa em duas horas de longa poderia preencher uma temporada inteira. Felizmente, Fellowes e Engler acertaram no equilíbrio, fazendo com que o longa não soe nem como uma trama apressada de oito capítulos nem um longo episódio arrastado.
O longa homônimo tem tudo que você espera de um retrato das intrigas da aristocracia, com carisma o suficiente para nunca ser arrogante demais. Nesse sentido, não está preocupado com os detalhes específicos ou meandros diversos de trama, mas sim em seus reflexos, nas pequenas e grandes mudanças que provocam através das diferentes castas.
Por: Vanderlei Tenório