Os Estados Unidos acusaram a Rússia de ter empregado cloropicrina contra as forças ucranianas, violando as normas da Convenção sobre Armas Químicas (CWC). Em resposta, anunciaram novas sanções contra Moscou nas últimas horas.
O Departamento de Estado dos EUA revelou na quarta-feira (1º) sua intenção de apresentar ao Congresso uma decisão conforme os termos da Lei de 1991 sobre o Controle de Armas Químicas e Biológicas e a Eliminação de Guerras (Lei CBW), relacionada ao suposto uso pela Rússia do agente químico cloropicrina contra as tropas ucranianas.
A cloropicrina é uma arma química usada durante a I Guerra Mundial, cujo composto letal afeta os pulmões e age como gás lacrimogêneo. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, além desse agente, as forças russas também empregaram “agentes de controle de distúrbios (gás lacrimogêneo)” como método de guerra na Ucrânia, outra violação da CWC.
As sanções anunciadas visam mais de 80 entidades e indivíduos, incluindo aqueles envolvidos no desenvolvimento futuro de capacidades de produção e exportação de energia, metais e minerais na Rússia, assim como na evasão e contorno de sanções e no fortalecimento da capacidade russa de guerra contra a Ucrânia.
A Rússia nega as acusações, afirmando não possuir mais arsenal químico militar, mas enfrenta pressões para fornecer mais transparência sobre o suposto uso de armas tóxicas.
O Departamento de Estado dos EUA declarou que continuará a impor restrições ao financiamento militar estrangeiro, às linhas de crédito do governo dos EUA e às licenças de exportação para artigos de defesa e itens sensíveis à segurança nacional destinados à Rússia, em conformidade com a Lei CBW.
Essas medidas visam interromper o apoio à base militar-industrial russa e limitar o uso do sistema financeiro internacional pela Rússia para promover a guerra contra a Ucrânia. Os EUA reiteram seu apoio aos russos que lutam por um futuro mais democrático e aos ucranianos que defendem sua pátria da agressão russa.