Chega ao fim, a trajetória da simpática escola de samba, Alegria da Zona Sul. A vermelha e branca dos bairros de Copacabana e Ipanema, apresentou sua carta de encerramento de suas atividades, no carnaval carioca.
Segundo a nota, devido a problemas internos e burocráticos, impediriam a continuação dos trabalhos da agremiação. E que a decisão precisou ser tomada, com bastante cuidado.
A vermelha e branca, ainda afirma, que continuará com seus compromissos sociais e culturais. E agradece à todos que contribuiram com a trajetória de 31 anos de existência da escola, que estampa o Panchito e o Zé Carioca, como seu símbolo maior.
A nota encerra, afirmando, que o legado da escola será preservado, e que trilhará novos caminhos.
Ao que tudo indica, será substituída pela reativada, Alegria de Copacabana. Recém-fundada, que em seu símbolo, usará o sol, e o Calçadão de Copacabana, fazendo alusão à breve escola de samba, Apoteose Carioca, que recentemente, se juntou ao Feitiço do Rio, formando a Feitiço Carioca, que desfila na Série Prata, assim como o Alegria. Inclusive, o endereço do “novo” Alegria de Copacabana, é o antigo endereço da Alegria da Zona Sul e Apoteose Carioca.
HISTÓRIA DA ALEGRIA DA ZONA SUL.
O Alegria é fruto da fusão dos blocos – Unidos do Cantagalo e Alegria de Copacabana.
Sua comunidade é composta basicamente, por moradores dos Morros do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho.
O Unidos do Cantagalo e o Alegria de Copacabana figuravam entre os campeões, das disputas de bloco nos anos 80.
O Unidos do Cantagalo é oriunda da antiga escola de samba Recreio de Copacabana e de alguns blocos da região, como, Afilhados de Ipanema e o Império de Ipanema. E tinha como madrinha, a Portela.
Já o Alegria de Copacabana, é de 1964, e compreendia os Morros do Pavão e Pavãozinho, e também se originou da fusão dos blocos Independentes do Pavãozinho e Império do Pavão.
Já todos os compositores das duas agremiações eram próximos, logo, acharam por bem, encerrar a rivalidade, fundir os blocos (Cantagalo e Alegria) e criar uma Escola de Samba.
Em 1992, nasce a Alegria da Zona Sul, representando as três comunidades (Cantagalo, Pavão e Pavãozinho).
No início, a escola possuía o verde, azul e branco. Mas, a partir de 2004, já no Grupo A, atual Série Ouro, altera suas cores para vermelho e branco, por intermédio de Valdomiro Paes Garcia, o Maninho, que ajudava a agremiação, e na época comandava o Acadêmicos do Salgueiro, e naquele mesmo ano, acabou falecendo.
Já consolidada como escola, permaneceu no segundo grupo do Carnaval Carioca, entre 2004 e 2006, quando por problemas internos, acabou rebaixada ao Grupo B (Série Prata, exemplificando).
Em 2010, após problemas superados, faz ótimo desfile, e é campeã do grupo, e retorna ao Grupo A. No ano seguinte, não repete o mesmo feito, e acaba rebaixada novamente ao Grupo B.
Com fusão dos Grupos A e B, com a criação da LIERJ (hoje, Liga RJ), retorna ao Grupo A, onde permanece até 2019, quando novamente, caiu para a atual Série Prata.
Em 2020, se filiou à LIVRES (Liga Independente Verdadeira Raízes das Escolas de Samba), que em tese, seria o novo Grupo B, mas na prática acabou sendo um grupo independente (sem acesso), onde, num grupo com cinco escolas, acabou ficando com o vice-campeonato.
Após nova filiação à Superliga, sucessora da LIESB, desfila pela Série Prata, onde obtém uma 11a colocação, em 2022, homenageando o cantor e compositor Aroldo Santos.
E no ano seguinte, obteve a décima colocação, no segundo dia de desfiles, com a reedição do carnaval de 2004, onde homenageou o compositor Dorival Caymmi.
No último Carnaval, a escola da Zona Sul, ficou apenas, na 11a colocação, em nova reedição, agora, do Carnaval de 2003, com o enredo, “Festa no quilombo”.