O show de Alok, no sábado (3), se destacou no Rock in Rio não apenas pelas músicas, mas pela intensa participação do público e pela impressionante exibição de efeitos visuais. Desde o início, a plateia elevou seus celulares, registrando e transmitindo ao vivo cada momento da performance do DJ goiano, de 31 anos.
Como primeira atração confirmada desta edição do festival, Alok abriu o Palco Mundo pontualmente às 18h, em uma noite que terminaria com Post Malone. Sua entrada foi marcada por trechos dos seus grandes sucessos, que foram apresentados em versões completas ao longo do show.
Em março, no Lollapalooza, Alok afirmou ao g1 que havia utilizado a maior quantidade de lasers em um show até então. No Rock in Rio, ele revelou ao Gshow que trouxe “uma estrutura de luz nunca utilizada no Brasil”. E, de fato, as labaredas de fogo, lasers e outros efeitos pirotécnicos arrancaram mais aplausos do que as próprias músicas.
O cenário do espetáculo foi criado por Alexander Hesse, designer conhecido por seu trabalho com o grupo Swedish House Mafia. As pausas estratégicas para que o público cantasse o refrão de “Hear Me Now” evidenciaram o apelo do pop eletrônico de Alok.
Por outro lado, “Ilusão (Cracolândia)” não teve a mesma recepção calorosa. Alok não contou com a presença de MC Hariel, coautor da música e atração do Palco Sunset algumas horas antes, uma decisão justificada por sua equipe como uma inclusão “de última hora” no repertório.
“Eu vim para bagunçar”, declarou Alok no início do show. E conseguiu. Durante a apresentação, ele transformou o Rock in Rio em uma rave, pedindo aos fãs que levantassem e abaixassem seus celulares para criar uma coreografia luminosa que, de fato, fez história.
Alok, que ocupa o quarto lugar no ranking dos melhores DJs do mundo da revista “DJ Mag”, continua atraindo um público jovem com seu show dinâmico, onde as músicas frequentemente não duram mais de um minuto, formando uma colagem vibrante.
Apesar de alegar que cada show é único, Alok repetiu alguns elementos comuns de outras apresentações, como o riff inicial de “Sweet Child o’ Mine” do Guns N’ Roses e o refrão de “Set Fire to the Rain” de Adele.
Recentemente, Alok retirou de seu setlist algumas músicas do duo americano Sevenn, que alegam não terem sido creditados ou pagos por lançamentos feitos pelo DJ, conforme publicado pela “Billboard” no início deste ano. Alok nega as acusações.
Notavelmente ausente do show foi “Un Ratito”, um de seus maiores lançamentos recentes com a participação de Juliette, ex-BBB. O duo Sevenn, que possui crédito de coautoria nesta faixa, alega que o lançamento foi feito sem autorização. A questão está sendo analisada pela Justiça.