A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de setembro será vermelha no patamar 2, representando um aumento significativo nos custos da energia elétrica. A decisão foi impulsionada pela previsão de baixa incidência de chuvas, clima seco e temperaturas elevadas, que obrigam o acionamento de usinas termelétricas, mais caras que as hidrelétricas.
Este é o primeiro acionamento da bandeira vermelha patamar 2 desde agosto de 2021, rompendo um longo período de bandeiras verdes, que havia começado em abril de 2022 e foi interrompido brevemente em julho de 2024 com a bandeira amarela. Agora, com o retorno da bandeira vermelha, o custo adicional será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A Aneel destaca que a combinação de chuvas abaixo da média e temperaturas superiores ao normal para o período resulta em uma diminuição significativa dos níveis de água nos reservatórios das hidrelétricas, obrigando o uso de termelétricas. Estas usinas, embora essenciais para garantir o fornecimento de energia, têm um custo de operação elevado, o que impacta diretamente as tarifas de energia.
As bandeiras tarifárias, implementadas pela Aneel em 2015, são uma forma de sinalizar ao consumidor os custos variáveis da geração de energia. As cores verde, amarela e vermelha (com dois patamares) indicam o nível de custo da energia, sendo a bandeira vermelha a que implica maior acréscimo na conta de luz. Essa transparência permite que os consumidores ajustem seu consumo de acordo com as condições do sistema elétrico, promovendo um uso mais consciente da energia.
A Aneel reforça a importância de um consumo responsável durante o período de vigência da bandeira vermelha, destacando que a economia de energia é crucial para a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade do setor elétrico no Brasil.