A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária de energia elétrica será amarela em novembro, resultando em uma taxa adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos. A mudança ocorre após dois meses sob a bandeira vermelha de nível 2, a mais alta, que acrescentava R$ 7,877 por 100 kWh nas contas. Esse ajuste foi possível devido a uma recente melhora no volume de chuvas, que suavizou os custos de geração, apesar de as previsões meteorológicas indicarem volumes de chuva ainda abaixo da média.
A decisão vem após um histórico de oscilações nas tarifas nos últimos meses: em julho, a bandeira foi amarela; em agosto, voltou ao verde, sem cobranças adicionais; mas em setembro e outubro, devido ao calor intenso e à seca, foi necessária a ativação das bandeiras vermelhas nos níveis 1 e 2, respectivamente.
**Sistema de bandeiras tarifárias: previsibilidade para o consumidor**
Desde sua criação em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias da Aneel busca repassar ao consumidor as variações no custo de geração de energia. Em tempos de menor custo de produção, a bandeira verde é ativada, sem tarifas adicionais. Já as bandeiras amarela e vermelha, nos patamares 1 e 2, indicam maiores custos e representam acréscimos de R$ 1,885, R$ 4,463 e R$ 7,877 por 100 kWh, respectivamente. Em períodos de crise hídrica severa, como ocorreu entre setembro de 2021 e abril de 2022, a tarifa de escassez hídrica chegou a somar R$ 14,20 por 100 kWh.
A Aneel ressalta que as bandeiras também permitem que os consumidores adotem medidas para reduzir seus gastos, oferecendo uma visão clara dos custos associados ao consumo de energia em diferentes momentos do ano.