Os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams retornaram à Terra na última terça-feira (18), em uma cápsula Crew Dragon da SpaceX, com um pouso seguro na costa da Flórida. O retorno ocorre após uma estadia de nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS), bem acima do planejado inicialmente, devido a problemas técnicos na nave Boeing Starliner.
A missão, que deveria durar apenas oito dias, foi prolongada devido a falhas no sistema de propulsão da Starliner, levando a NASA a optar pelo retorno dos astronautas a bordo de uma nave da SpaceX, dentro do cronograma de rodízio de tripulação da agência.
No início da terça-feira, Wilmore e Williams embarcaram na Crew Dragon ao lado de outros dois astronautas e desacoplaram da ISS às 2h05 (horário de Brasília), iniciando uma viagem de 17 horas até a Terra. O pouso ocorreu às 18h45 (horário ET), a cerca de 80 km da costa do Golfo da Flórida, sob condições meteorológicas favoráveis.
A cápsula foi resgatada por uma embarcação de apoio, e os astronautas foram levados ao Centro Espacial Johnson, em Houston, para exames médicos pós-missão. A estadia prolongada na ISS pode causar impactos fisiológicos significativos, como atrofia muscular e problemas de visão, exigindo avaliação detalhada.
A missão ganhou destaque na política dos Estados Unidos, com o presidente Donald Trump cobrando um retorno mais rápido da tripulação. Ele chegou a acusar, sem evidências, o ex-presidente Joe Biden de negligência com os astronautas por motivações políticas. O CEO da SpaceX, Elon Musk, também manifestou preocupação com a demora no retorno.
Com 286 dias no espaço, Wilmore e Williams superaram a duração padrão de seis meses para missões na ISS, embora ainda fiquem atrás do recorde americano de Frank Rubio, que permaneceu 371 dias na órbita terrestre devido a um vazamento na espaçonave russa que o levaria de volta.