Nesta quarta-feira (11), o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino foi condecorado com a medalha de mérito Oswaldo Cruz, em uma cerimônia conduzida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, no Palácio do Planalto. Iamarino, que se destacou durante a pandemia de covid-19 por disseminar informações sobre o vírus e o combate à desinformação, aproveitou o momento para criticar a falta de punição a propagadores de fake news.
Em seu discurso, o biólogo expressou preocupação com a permanência da desinformação no Brasil. “A desinformação continua lá, mais organizada e financiada, e quem a promoveu na pandemia não sofreu nenhuma punição”, afirmou, enfatizando que os danos podem ser repetidos em futuras crises de saúde pública se medidas não forem tomadas.
A medalha Oswaldo Cruz, criada nos anos 1970, homenageia aqueles que contribuem para o bem-estar da saúde no Brasil. A edição de 2024 teve como tema central a promoção da vacinação, reconhecendo também outras personalidades e instituições que desempenharam papéis cruciais na resposta à pandemia, como o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, e o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
O presidente Lula também fez duras críticas ao negacionismo que marcou o auge da pandemia no Brasil, lembrando do apoio institucional que muitos discursos contrários à vacinação receberam. A ministra da Saúde celebrou o aumento da cobertura vacinal infantil, que ajudou o país a sair de um ranking preocupante de crianças não vacinadas.
A cerimônia sublinhou a importância da ciência e da informação correta no enfrentamento a crises de saúde e reforçou o papel de figuras públicas e instituições no combate à desinformação e na promoção da saúde coletiva.