Falar do bairro Campo Grande na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro nos remete a considerar uma das regiões que mais crescem no estado, além de ser o mais extenso e que tem o maior contingente populacional local.
Uma expansão que acompanhou os processos de mudança imobiliária e verticalização do território brasileiro, quase fez com que o bairro se tornasse uma cidade e viu aumentar a oferta de casas à venda em Campo Grande.
Criado em 17 de novembro de 1603, o bairro fluminense fica a 55 quilômetros do centro do Rio de Janeiro e corresponde à área de 119 quilômetros quadrados englobando uma região administrativa complexa que também abriga os bairros de Inhoaíba, Senador Vasconcelos e Santíssimo, destacando-se por uma extensa área verde ainda não ocupada e uma arborização urbana.
O bairro configura-se hoje como um importante zona de ocupação carioca com grande potencial para o desenvolvimento de polos de gastronomia, turismo de base ecológica e crescimento da indústria imobiliária, com a criação de imóveis residenciais e unidades condominiais competitivas, cada vez mais procuradas para habitação e investimento.
Remanescentes históricos
Essa história do bairro remonta ao período anterior da fundação da cidade do Rio de Janeiro em que região de Campo Grande era habitada por índios da tribo Picinguabau tornando-se uma região pertencente a grande Sesmaria de Irajá.
Seu desenvolvimento econômico está ligado aos grandes círculos rurais, como o da cana-de-açúcar, da laranja, da criação do gado bovino.
Campo Grande sempre se destacou por ter se desenvolvido de forma independente do resto do município já apresentando essa dinâmica empreendedora desde o princípio.
Seu destaque histórico desde os primeiros anos do século XX e até os anos 40, Campo Grande foi considerado a grande região produtora de laranjas.
Por isso, a região ficou conhecida por muitos como Citrolândia.
O processo de industrialização, lento e mais tímido, também fez crescer a região, mas o comércio local representa a maior atividade econômica hoje.
Quem visita a região pode ter uma noção do movimento contínuo do calçadão de Campo Grande, com seu comércio popular, lojas, restaurantes e bares.
Todos os fatores de desenvolvimento da região, ligados autonomia econômica, além de um grande território e população, levaram a tona uma mobilização em torno da emancipação do bairro que não vingou, mas que só reforça a potência e expressividade de um bairro que só cresce no Rio.
Aliado a isso, o processo de urbanização ganhou força na região a partir da década de 1950, com a abertura da Avenida Brasil representando uma ligação de fácil acesso ao centro da cidade, integrando-a à malha urbana.
O que se viu foi a proliferação de loteamentos, que culminou nua grande oferta de novas unidades residenciais e um desenvolvimento vertical cada vez mais intenso, consolidado pelo crescente processo de industrialização.
A potencialização dessa ocupação urbana que fez do Campo Grande uma das regiões mais promissoras da Zona Oeste culminaram num aumento gradual do preço do metro quadrado.
Vale destacar que a valorização deste é resultado de uma série de fatores relacionados a melhorias das condições de vida, da qualidade de vida da população, das facilidades e serviços urbanos como vias de acesso e rede de transportes além dos investimentos em moradia e urbanismo.
Urbanização e ocupação
O bairro de Campo Grande continua vivenciando um processo de urbanização forte com a construção de condomínios residenciais para atender a alta demanda por novos imóveis.
Dessa forma, as construções de condomínios residenciais já vem sofrendo um aumento significativo desde os anos 2000 impulsionados pelo número de terrenos vazios, programas governamentais de incentivo e fomento a construção imobiliária, e demanda de moradores.
Estes fazem parte, principalmente da “nova” classe média, onde muitas destas pessoas vão atrás de incentivos governamentais para a aquisição da casa própria como financiamentos pela Caixa Econômica Federal, FGTS (Fundo de Garantia por tempo de Serviço) e o Minha Casa Minha Vida.
Valorização imobiliária
Algumas condições são reflexo dessa elevação do valor do metro quadrado das casas em condomínio em Campo Grande: presença de bons hospitais e colégios, boas ofertas de condução para todos os lugares da cidade como a linha de metrô direto para o centro, menor custo de vida e comparação a outros bairros da zona oeste como Barra e no Recreio, obras de melhoria urbana empreendidas na região, investimentos em infraestruturas orientadas ao progresso como o Túnel da Grota Funda e o trecho que integra o bairro à Transoeste, um corredor viário de ônibus que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz.
Outro fator está relacionado ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 0,810, considerado alto para os padrões nacionais reafirmando os benefícios de estabelecer moradia, conquistar emprego, qualidade de vida e crescimento profissional.
Segundo registros dos portais imobiliários que atuam na região, observou-se uma tendência positiva em Campo Grande nos últimos , no qual houve uma elevação no valor do metro quadrado dos apartamentos e outros tipos de imóveis residenciais.
Só para ter uma noção, o preço por metro quadrado médio atual para casas residenciais no bairro fica em torno de R$3.489.
Nesse contexto de expansão, vale destacar que Campo Grande acompanha o ritmo de grande parte das capitais nas quais alguns distritos destacam-se quando relacionados os índices de qualidade de vida, infraestrutura e empregabilidade, exercendo uma expressiva influência em setores econômicos, políticos, urbanísticos, culturais e administrativos desses municípios.
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