O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta segunda-feira (8) os resultados da Demografia Médica 2024, revelando que o Brasil atualmente conta com 575.930 médicos ativos, representando uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, o maior índice já registrado no país.
Desde a década de 1990, o número de médicos no Brasil mais que quadruplicou, passando de 131.278 para os atuais 575.930, registrados em janeiro de 2024. No mesmo período, a população brasileira aumentou 42%, alcançando 205 milhões de habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse crescimento da classe médica superou em oito vezes o aumento populacional, com um crescimento médio anual de 5%, em comparação com o crescimento médio de 1% ao ano da população em geral.
A segunda etapa da Operação Catrimani, destinada ao combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), foi regulada pelo Ministério da Defesa. Esta ação visa interromper o fluxo logístico e inutilizar a infraestrutura de apoio ao garimpo ilegal na região, com a abertura de um posto de comando em Boa Vista, Roraima.
Apesar do aumento significativo no contingente de médicos, persistem desafios relacionados à distribuição e fixação desses profissionais pelo país. A maioria dos médicos tende a se instalar nos estados do Sul e Sudeste, assim como nas capitais, devido às melhores condições de trabalho. Essa concentração resulta em desigualdades de acesso aos serviços de saúde, especialmente em regiões mais remotas e menos desenvolvidas.
Os dados mostram que, embora o número de médicos seja considerável, sua distribuição não é equitativa. Regiões como o Norte e Nordeste apresentam proporções inferiores à média nacional, evidenciando a necessidade de políticas para garantir uma distribuição mais equilibrada dos profissionais de saúde pelo território nacional.
Por fim, é necessário considerar não apenas o aumento quantitativo da classe médica, mas também a qualidade da formação e a necessidade de atualização contínua dos profissionais para garantir um atendimento de saúde eficaz e equitativo em todo o país.