Rosa Magalhães, um ícone do carnaval carioca e a carnavalesca mais premiada da história do Sambódromo do Rio de Janeiro, faleceu na madrugada desta quinta-feira (25), aos 77 anos. Com uma trajetória de mais de meio século dedicada ao carnaval, Rosa deixa um legado inigualável.
A notícia de sua morte foi confirmada pelo Império Serrano, uma das escolas de samba onde Rosa conquistou alguns de seus mais importantes títulos. A causa do falecimento não foi divulgada.
Rosa Magalhães acumulou sete títulos no Sambódromo, defendendo escolas como Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel, assinando mais de 40 desfiles. Sua carreira multifacetada também a levou a atuar como professora, figurinista, cenógrafa e artista plástica, contribuindo para novelas e séries de TV. Rosa lecionou na Escola de Belas Artes da UFRJ e na Faculdade de Arquitetura Benett.
Uma Trajetória de Sucessos
Rosa Magalhães iniciou sua carreira no carnaval na década de 1970, estreando com o Salgueiro. Também se destacou desenhando figurinos para a Portela e a Beija-Flor, e já estava inserida no cenário das escolas de samba antes mesmo da inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí.
Em 1982, Rosa ingressou no Império Serrano e criou o emblemático enredo “Bumbum Paticumbum Prugurundum”, campeão daquele ano. Em 1984, assumiu a Imperatriz Leopoldinense e ficou em 4º lugar, empatada com o Salgueiro, conquistando o Estandarte de Ouro de personalidade. Rosa presenteou a Imperatriz com cinco títulos entre 1992 e 2009.
Na Estácio de Sá, apresentou os enredos “O boi da bode” e “Um, dois, feijão com arroz”. Em 2022, desenvolveu um enredo que homenageava Arlindo Rodrigues, outra figura marcante do carnaval. Rosa encerrou sua contribuição no Paraíso do Tuiuti em 2023.
Além de sua notável contribuição ao carnaval, Rosa idealizou a cerimônia de encerramento das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, celebrando a cultura popular brasileira com samba, forró e frevo. Seu talento e criatividade deixaram uma marca indelével no cenário cultural brasileiro.