Neste domingo (18), o Concurso Público Nacional Unificado (CNU), o maior já realizado no país, contou com a participação de cerca de 1 milhão de candidatos, apesar da abstenção ter ultrapassado 50%, conforme balanço preliminar apresentado pela ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck. O CNU registrou 2,14 milhões de inscritos.
A ministra destacou que a abstenção era esperada, comparando com outros concursos de grande porte, e que o percentual é consistente com a média histórica de abstenções, que varia entre 40% e 50%. O Distrito Federal apresentou a menor taxa de abstenção, enquanto o Ceará registrou a maior.
Esther Dweck também observou que a taxa de abstenção foi mais alta entre candidatos de nível médio, especialmente no bloco 8, que tinha a maior relação candidato por vaga. Em contrapartida, os candidatos de nível superior compareceram em maior número, com o bloco 3, das áreas ambiental, agrária e biológica, registrando a menor abstenção.
Apesar do adiamento das provas, que inicialmente ocorreriam em 5 de maio, a ministra acredita que a mudança de data não teve grande impacto na taxa de abstenção. O concurso foi adiado devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul, mas poucas pessoas solicitaram o reembolso da taxa de inscrição, o que indica que a maioria dos candidatos manteve o interesse em participar.
O concurso foi realizado sem maiores problemas, com ocorrências registradas em apenas 0,2% dos locais de aplicação, e cerca de 500 candidatos foram eliminados por condutas proibidas. A ministra assegurou que não houve problemas de segurança relacionados às provas e destacou a baixa judicialização do certame, o que reforça a confiança na sua lisura.
As provas do CNU foram realizadas em 228 cidades em todos os estados e no Distrito Federal, para preencher 6.640 vagas em 21 órgãos federais. O caderno de questões será disponibilizado neste domingo, às 20h, e o gabarito oficial preliminar na terça-feira (20). O resultado final será divulgado em 21 de novembro.