Nesta sexta-feira, os Estados Unidos, o Reino Unido e oito países aliados emitiram uma declaração conjunta anunciando uma ação militar direcionada contra o grupo rebelde houthis no Iêmen, com o objetivo declarado de desanuviar as tensões e restaurar a estabilidade no Mar Vermelho.
A declaração ressalta o compromisso compartilhado com a liberdade de navegação, o comércio internacional e a segurança dos marinheiros diante de ataques considerados ilegais e injustificáveis. Os países envolvidos incluem Austrália, Bahrein, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Os ataques aéreos realizados na noite de quinta-feira pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido foram uma resposta aos ataques dos houthis no Mar Vermelho, intensificados desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em outubro do ano passado. A coalizão internacional considera esses ataques uma ameaça à navegação internacional e à estabilidade da região.
Rússia e China expressaram preocupações com a escalada das tensões, condenando os ataques liderados pelos EUA e destacando a necessidade de contenção para evitar uma propagação ainda maior do conflito. A China instou todas as partes envolvidas a manterem a calma.
A ação militar coordenada atingiu mais de uma dúzia de locais usados pelos houthis, incluindo a capital do Iêmen, Sanaa, e outras cidades sob controle dos rebeldes apoiados pelo Irã. A resposta dos houthis foi rápida, prometendo continuar os ataques a navios ligados a Israel no Mar Vermelho.
A Rússia criticou os ataques liderados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, considerando-os uma distorção das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e acusando as potências ocidentais de desrespeitar o direito internacional. A porta-voz russa Maria Zajarova afirmou que os bombardeios visam a escalada na região para atingir objetivos destrutivos.