Os confrontos entre Israel e o grupo Hamas continuaram na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26), apesar do Conselho de Segurança da ONU ter exigido uma cessação imediata das hostilidades.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, relatou 70 mortes durante a noite, incluindo 13 em ataques aéreos perto da cidade de Rafah, no extremo sul do enclave, onde cerca de 1,5 milhão de palestinos buscaram refúgio.
As Forças de Defesa de Israel alertaram para vários incidentes próximos a Gaza devido ao lançamento de foguetes por militantes palestinos.
Cessação das Hostilidades
Na segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU votou a favor de uma cessação imediata das hostilidades em Gaza pela primeira vez desde o início do conflito entre Israel e o Hamas. Os Estados Unidos, que anteriormente ameaçaram vetar a resolução, abstiveram-se, resultando em um isolamento diplomático considerável para Israel.
A resolução enfatiza a necessidade urgente de aumentar a assistência humanitária a Gaza e proteger os civis, dada a alta cifra de mortes civis e os alertas da ONU sobre a fome.
A votação marca um confronto notável entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os EUA haviam vetado anteriormente três resoluções semelhantes.
O Hamas recebeu positivamente a resolução e expressou disposição para uma troca imediata de prisioneiros com Israel. Este desenvolvimento alimenta esperanças de progresso nas negociações em Doha, onde autoridades dos EUA, Egito e Catar buscam mediar um acordo que incluiria a libertação de reféns e uma trégua inicial de seis semanas.
Ruptura Diplomática
A abstenção dos EUA reflete uma crescente frustração com o governo de Netanyahu. A decisão marca uma mudança significativa na relação entre os dois países.
Netanyahu cancelou a visita de ministros israelenses à Casa Branca em resposta à abstenção dos EUA na votação. A Casa Branca expressou desapontamento com a decisão.
Apesar dos obstáculos, a aprovação da resolução pelo Conselho de Segurança da ONU representa uma unidade internacional há muito esperada em relação a Gaza, diante da crescente crise humanitária na região.