De acordo com a Anvisa, as vacinas bivalentes BA.1 e BA.4/BA.5 contra a covid-19, produzidas pela Pfizer, estão seguras para uso, já que estão dentro do prazo de validade. A agência reguladora afirmou em nota divulgada nesta sexta-feira (17) que os imunizantes possuem validade de 18 meses, a contar da data de fabricação.
“Anteriormente aprovadas para uso em até 12 meses, essas vacinas passaram por um rigoroso processo de avaliação técnica da Agência de estudos de estabilidade, antes da aprovação da ampliação do prazo de validade”, diz a nota.
De acordo com a Anvisa, a análise dos dados dos estudos também demonstrou que não houve alteração nas especificações de qualidade das vacinas durante o período adicional ao prazo anteriormente autorizado.
“As vacinas são seguras, eficazes e podem ser utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, conforme os estudos de estabilidade avaliados e aprovados pela Agência”, garante a diretora Meiruze Sousa Freitas.
A Anvisa destaca que a ampliação do prazo de validade das vacinas bivalentes da Pfizer foi permitida mediante a adoção de medidas de comunicação e rastreabilidade dos lotes. Entre essas medidas, a empresa incluiu em seu portal eletrônico e no Comirnaty Education a listagem de todos os lotes disponíveis no Brasil e seus respectivos prazos de validade para consulta dos profissionais de saúde e cidadãos. A agência reforça que os cuidados de conservação das vacinas permanecem os mesmos e que a empresa Pfizer é responsável pela qualidade e segurança dos produtos.
Variantes
As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da Covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento.
Essas vacinas foram autorizadas para uso como dose de reforço na população a partir de 12 anos. A Anvisa reforça que a imunização continua sendo essencial no combate à covid-19, especialmente na prevenção de casos graves e mortes.
Desperdício
Essa semana o Ministério da Saúde divulgou nota informando que perdeu de milhões doses de vacinas contra a covid-19. Segundo a pasta, isso aconteceu pelo fato de o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro ter negado à equipe de transição informações sobre estoques e validade de vacinas.
“Ao todo, incluindo o quantitativo perdido em 2023, o desperdício de vacinas contra a covid-19 chegou a 38,9 milhões de doses desde 2021. Um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos”, informou a pasta.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro não compartilhou dados sobre os estoques com a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a transição de governo.