A crise de segurança pública que assolou o Equador no último final de semana tornou-se motivo de inquietação para os países vizinhos. Na terça-feira (9), o governo brasileiro expressou sua preocupação, condenando as ações violentas perpetradas por grupos criminosos organizados em diversas cidades equatorianas. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota afirmando que está atento à situação dos cidadãos brasileiros no país e disponibilizou um número de telefone, incluindo WhatsApp, para assistência consular.
A Argentina também se manifestou, oferecendo seu apoio às autoridades e ao povo equatoriano. O governo argentino expressou solidariedade e disponibilidade para enviar membros das forças de segurança, caso necessário, diante da onda de violência que já resultou em pelo menos dez mortes. A ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, lamentou a transformação do Equador de um país tranquilo com baixo índice de homicídios para uma nação dominada pelo narcoterrorismo.
O governo dos Estados Unidos está acompanhando de perto os relatos de violência, sequestros e explosões no Equador. Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou que estão prontos para prestar assistência diante da situação preocupante.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou-se nas redes sociais, destacando a disposição em fornecer apoio conforme solicitado pelo governo equatoriano. Enquanto isso, o Peru declarou estado de emergência em toda a fronteira de 1,5 mil quilômetros com o Equador e anunciou o envio das forças armadas para vigiar a área em colaboração com a polícia. O primeiro-ministro peruano, Alberto Otárola, revelou que será implementado um controle mais rigoroso sobre o trânsito de pessoas e migrantes que entram no país.
A violência, que resultou em pelo menos dez mortes, incluindo dois agentes da polícia, em vários ataques armados registrados na terça-feira, continua a despertar preocupações e mobilizar esforços internacionais para conter a crise no Equador.