O Brasil registrou um importante marco no mercado de trabalho: a taxa de desocupação caiu para 7,1% no trimestre encerrado em maio, o menor índice para o período desde 2014. O dado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28), representa uma queda em comparação com os 7,8% registrados no trimestre anterior e os 8,3% no mesmo período de 2023. Este é o menor índice registrado desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, quando a taxa ficou em 6,9%.
A população desocupada no país — pessoas com 14 anos ou mais que procuravam emprego — diminuiu para 7,8 milhões em maio. Este número representa uma queda de 751 mil pessoas em comparação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2024 e 1,2 milhão em relação ao mesmo período de 2023.
A população ocupada alcançou 101,3 milhões de pessoas, um recorde na série histórica do IBGE. Esse número é 1,1 milhão superior ao do trimestre anterior e 2,9 milhões acima do registrado em maio de 2023. A expansão foi impulsionada tanto pelo aumento de empregados formais quanto informais, refletindo a recuperação e o crescimento de diversas atividades econômicas.
O número de empregados com carteira assinada atingiu um recorde de 38,3 milhões, um resultado de crescimentos contínuos a cada trimestre. O número de empregados sem carteira assinada também foi o maior já registrado, totalizando 13,7 milhões. Setores como administração pública, educação, saúde e serviços sociais foram destaque na criação de vagas, enquanto o setor de transporte, armazenagem e correio apresentou uma leve redução.
O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre encerrado em maio foi de R$ 3.181, estável em relação ao trimestre anterior e 5,6% maior na comparação anual. Este é o maior valor registrado para um trimestre encerrado em maio desde o início da pandemia, que afetou severamente a economia e o mercado de trabalho. A massa de rendimentos, que soma a renda total recebida pelos trabalhadores, atingiu o recorde de R$ 317,9 bilhões, um valor que contribui significativamente para a economia, seja pelo consumo ou pela poupança.
Informalidade e Contribuição para a Previdência
A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada, equivalente a 39,1 milhões de trabalhadores informais. Este grupo inclui principalmente empregados sem carteira assinada, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ. Apesar disso, o país também registrou um recorde no número de trabalhadores contribuindo para a previdência social, com 66,171 milhões no trimestre encerrado em maio, representando 65,3% da população ocupada.
A contínua queda na taxa de desemprego, aliada ao crescimento da ocupação e da massa salarial, indica uma recuperação econômica robusta, com potencial para sustentar o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.