Hoje acontece a apuração dos três grupos que compõem os cinco dias de desfiles na Intendente Magalhães. As Séries Prata e Bronze, além do Grupo de Avaliação, conhecerão as escolas campeãs do Carnaval de 2025.
Na Série Prata, apenas a campeã geral, sobe para a Série Ouro em 2026. Já na Série Bronze, as duas melhores de cada dia, garantem o acesso à Série Prata.
Na última semana, trinta escolas desfilaram na Intendente Magalhães, pela Série Prata, 22 pela Série Bronze e mais 10 escolas do Grupo de Avaliação, divididas em cinco dias, com duas em cada dia.
Na Série Prata, os destaques foram para as escolas Renascer e União de Jacarepaguá, que fizeram seus desfiles a nível de Série Ouro, e se credenciaram à disputa pelo título e a única vaga na Sapucaí. Já o Arrastão de Cascadura e Santa Marta estouraram o tempo e deverão perder décimos na apuração. O Arrastão estourou dois minutos e a Santa Marta, estourou um minuto.
GRUPO DE AVALIAÇÃO
MOCIDADE UNIDA DA CIDADE DE DEUS
Com o enredo “Sob o Céu Iluminado, Cidade de Deus Anuncia: Chegou o Circo! Salve o Povo Cigano, Andarilhos da Alegria”, a azul e branca da Cidade de Deus, saudou a arte circense, e a influência do povo cigano no universo do circo itinerante.
O Galo da Zona Oeste abriu a primeira noite de desfiles da Série Prata, porém, assim como a Império da Resistência, concorre pelo Grupo de Avaliação, que este ano teve novo formato, com duas escolas em cada noite, totalizando dez agremiações.
IMPÉRIO DA RESISTÊNCIA (avaliação)
Com o enredo “Se liga malandro” a Azul, Grená e Dourado de Quintino Bocaiúva fez uma viagem sobre o universo da malandragem, citando com um dos personagens principais, a entidade Zé Pilintra, ícone da malandragem, cultuado nas religiões de matriz africana. A escola de Quintino abriu a primeira noite dos desfiles da Série Prata. Porém, a escola disputou pelo Grupo de Avaliação.

CONVIDADA
UNIDOS DO RACIOCÍNIO
Escola convidada pela Superliga Carnavalesca do Brasil, a escola desfilou como hors-concours, ou seja, não será julgada.

A escola fundada em 2014, em Nova Iguaçu, tem como enredo “Reflorestamento, um momento crítico da humanidade”. Fazendo uma reflexão sobre o cuidado com a natureza e preservação à vida.
SÉRIE PRATA
SERENO DE CAMPO GRANDE
Com o enredo Amigos, “No Sertão, se onde em Sereno, têm corujas. Onde existem profetas… têm chuvas”, do carnavalesco Marcello Portella, a Coruja da Zona Oeste exalta a sabedoria e crendice popular, em torna da tão esperada chuva na história do sertão nordestino.

A azul e branca de Campo Grande, que retorna à Série Prata, após o rebaixamento da Série Ouro em 2024, foi a primeira a desfilar de dez escolas, que desfilaram neste domingo, num total de 30 escolas que compõem o grupo.
A escola apresentou um bom conjunto de fantasias, principalmente, no que diz respeito ao bom acabamento e de fácil leitura. Já na questão de alegorias, duas delas mostraram problemas em acabamento. A escola terminou seu desfile em 39 minutos.
RENASCER DE JACAREPAGUÁ
Segunda escola a desfilar, a vermelha e branca do Largo do Tanque, trouxe o enredo “Aqualtune. forjada em pele preta”, elevou o nível da disputa, ao apresentar um excelente conjunto alegórico, além do belo acabamento, tanto em alegoria quanto em fantasias, e se credencia à única vaga de acesso à Série Ouro.

FEITIÇO CARIOCA
Com o enredo “Griot, o feitiço da carne”, a azul e branca de Vila Isabel exaltou a representatividade do Griot, que na cultura africana é um contador de histórias, passando sua sabedoria às gerações futuras.

A escola da terra de Noel, apresentou um bom conjunto de fantasias e alegorias, demonstrando um bom acabamento, e fácil leitura. O canto forte também foi um ponto alto do desfile.
UNIDOS DA BARRA DA TIJUCA
Com o enredo “Sapucaí. Uma viagem em quatro tempos”, a azul, verde e branco da Zona Oeste contou memoráveis enredos que passaram pelos 40 anos do sambódromo da Marquês de Sapucaí. Diferente das primeiras agremiações a UBT apresentou alegorias abaixo das outras agremiações, tanto em estética quanto no tamanho de suas alegorias. A escola teve um bom canto, liderado pelo cantor e compositor Alex Ribeiro, que pra quem não sabe, é filho do cantor Roberto Ribeiro. A UBT foi a quarta escola da noite de domingo.

UNIÃO DE JACAREPAGUÁ
Reeditando o enredo de 2002, a União de Jacarepaguá desfilou mostrando que veio pra brigar pelo acesso.

A escola do Campinho e Vila Valqueire apresentou o enredo “Asas – Sonho de Muitos, Privilégios de Poucos, Tecnologia de Todos” fez grande apresentação, ótima estética, o samba apesar de reeditado, sofreu algumas alterações em sua letra, funcionou muito bem, o que fez a verde e branca tem uma boa evolução. A União de Jacarepaguá se credencia a disputar a única vaga de acesso à Série Ouro em 2026.
UNIDOS DE LUCAS
O Galo de Ouro da Leopoldina é outra escola que disputará as primeiras posições. Com uma releitura da obra do escritor Ariano Suassuna, o “Alto da Compadecida”, a escola de Parada de Lucas também apresentou um bom conjunto de fantasias e alegorias, com exceção de algumas alas, mas no geral, a estética não deixou a desejar. As alegorias da vermelho e ouro, embora com um padrão um pouco menor que as duas escolas de Jacarepaguá, apresentou uma boa estética e prezou pelo bom acabamento.

ARRASTÃO DE CASCADURA
Com o enredo “Teatro Experimental do Negro” – Arte, cultura e resistência”, que cita a importância de Abidias Nascimento, na inserção do tema sobre a arte negra, no teatro brasileiro e sobre a ausência de artistas negros no teatro nacional. A verde e branco de Cascadura e Engenheiro Leal, fez um boa apresentação, porém estourou em dois minutos, no tempo de desfile e poderá perder dois décimos na apuração.

MOCIDADE UNIDA DO SANTA MARTA (41)
A onça negra de Botafogo fez um boa apresentação, e trouxe para a Intendente “Ajeum! alimento de corpo e alma”, uma celebração da culinária sagrada afro-brasileira, da carnavalesca Carila Matzenbacher. A azul e branca, que ao longo dos anos, tem feito ótimas apresentações, repetiu a dose, e deve disputar as primeiras. O ponto negativo, foi o estouro em um minuto no tempo regulamentar, e deve ser descontada em um décimo, durante a apuração.

CHATUBA DE MESQUITA (40)
Com o enredo “Funk-se quem quiser” a verde e branca de Mesquita levou para a Intendente, um dos principais gêneros musicais populares do Rio e do Brasil, o Funk. A escola apostou em um tema alegre, conduzido por um samba na mesma intensidade, e mesmo sendo a penúltima escola deste domingo, conseguiu cativar o público presente.

INDEPENDENTE DA PRAÇA DA BANDEIRA
A azul, verde e branca de São João de Meriti, trouxe o enredo “Sinfonia Poética daqueles que não se deixaram calar”, que tinha como objetivo resgatar histórias e prestar homenagem às vozes que resistiram e fizeram a diferença. A escola fez boa apresentação, porém, em função do som, a escola entrou na pista de desfile, já com sete minutos. O que comprometeu sua evolução, já que a escola meritiense precisou acelerar o passo para não estourar o tempo de 40 minutos.

SEGUNDA NOITE
INDEPENDENTES DE OLARIA
Primeira escola de segunda-feira (03), o Lobo da Leopoldina trouxe o enredo “Vagalume. O limiar do Rio Negro”.

O tema baseia-se um desfile sobre o olhar cronista de Francisco Guimarães, o “Vagalume”, um dos raros jornalistas negros de seu tempo e principal cronista carnavalesco das ruas do Rio Antigo. Enredo este, que se assemelha ao enredo “Ecos de um Vagalume”, do Acadêmicos de Vigário Geral, que desfila pela Série Ouro. O desfile do Independentes foi pautado pela riqueza de suas fantasias e alegorias, o bom samba se sustentou durante todo o desfile. Porém, antes do primeiro módulo de julgamento, uma componente acabou desmaiando e precisou ser retirada do desfile. Mais à frente, a porta-bandeira da agremiação também sofreu uma queda bem perto do segundo módulo de julgamento.
A demora na conclusão de seu desfile, acarretou no estouro de um minuto no tempo de desfile, e seria descontada em um décimo na apuração. Porém, após o desfile, ficou constatado que a falha foi no sistema de cronometragem, e a punição não deverá acontecer.
FLOR DA MINA DO ANDARAÍ
A vermelha, verde e branca do Andaraí desfilou com o enredo “Vento que venta lá, venta cá. Salve, o Caboclo Ventania”, caboclo cultuado na Umbanda, que era caçador da tribo do Xamans, que segunda a lenda, conversava com o espíritos e os consultava para tudo que precisasse ser feito. Daí a forte comunicação com o mundo espiritual.

Quanto ao desfile, houve um erro na condução do desfile da escola do Andaraí, a escola passou muito rápido pela pista de desfile, já que haviam se passado seis minutos, e a escola não havia entrado na pista. E por pouco não terminou o desfile antes do tempo mínimo de 35 minutos. A agremiação precisou segurar sua dispersão, até completar seu desfile, aos 39 minutos. Esse erro prejudicou sua evolução, já que a estética das fantasias e alegorias causaram um bom visual.
A escola desfilou sem sua comissão de frente, que estava próxima ao local do desfile, mas por descuido, não chegaram a tempo para o desfile. A escola será penalizada pela ausência no quesito e na obrigatoriedade.
IMPÉRIO DE NOVA IGUAÇU
O Tigre da Terra da Laranja fez um dos melhores desfiles da noite, porém alguns erros pontuais poderão tirar a caçula de Nova Iguaçu da briga pelo acesso.

A escola que é presidida por Júnior Beija-Flor, que é filho do cantor e compositor, e um dos principais nomes do carnaval, Neguinho da Beija-Flor, teve umas das melhores fantasias da noite, prezando pelo bom acabamento e fácil leitura, assim como a primeira alegoria. Já a segunda alegoria poderá trazer complicações à agremiação, pois na noite de domingo, já havia passado pela Mocidade Unida do Santa Marta, sofrendo pouquíssimas alterações.
Alegoria no Império de Nova Iguaçu:

Abaixo, a mesma alegoria, na Santa Marta:

Outro ponto, foi o tempo que a escola ficou parada, na pista de desfile, o que fez a escola estourar o tempo, em três minutos. O que lhe tirará três décimos na apuração. O samba agremiação foi interpretado por Bruno Ribas, que também comanda o carro de som da Unidos de Padre Miguel.
FLAMANGUAÇA
A vermelha e preta de Pilares prestou homenagem à ex-velocista Érica Lopes da Silva, popularmente conhecida como “Gazela Negra”, corredora de curta distância, pelo Flamengo, é símbolo da luta contra o racismo no esporte brasileiro.

Érica Lopes, que completará 90 anos no próximo ano, esteve presente no desfile, e foi saudada pelo público.

A escola rubro-negra foi outra escola que apresentou um bom conjunto de fantasias e alegorias, e assim como em anos anteriores, se credencia às primeiras no grupo.
ACADÊMICOS DO ENGENHO DA RAINHA
A vermelha e branca do Engenho da Rainha trouxe o enredo sobre a orixá Oxum. O desfile do Engenho foi marcado pela garra de seus componentes, que cantaram com todo gás, o samba interpretado por Thiago Brito, que divide os microfones com Daniel Silva, na Inocentes de Belford Roxo. A rainha de bateria é a Emelyn Bastos, irmã de Evelyn Bastos, da Estação Primeira de Mangueira.
Foto: Paulo Victor Morais/JEC ©
A escola teve problema com um de seus tripés, que teve dificuldade de alinhamento, nos minutos iniciais do desfile, ao passar pela pista. Ao longo do desfile, este problema foi resolvido pela ala da força.
ACADÊMICOS DE SANTA CRUZ
Em seu terceiro desfile na Intendente Magalhães, a Acadêmicos de Santa Cruz, fez um dos melhores desfiles da Série Prata, é uma das principais candidatas ao acesso. A escola da Zona Oeste apresentou o enredo que exalta a fé e religiosidade do povo brasileiro e é desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho.

Com seu desfile rico, tanto em fantasias como em alegorias, a verde e branca do Bairro Imperial passou de forma avassaladora, impondo seu canto forte, o samba interpretado por Ronny Caetano funcionou muito bem, a verde e branca impressionou também, pelo grande número de componentes.
VIZINHA FALADEIRA
A Pioneira foi a sétima escola a se apresentar na segunda de carnaval pela Série Prata. Com o enredo que fala sobre o Rio ser um cartão de visitas do Brasil, cita também povo que vieram e se estabeleceram no país, como o povo africano, europeu e também, os árabes que construíram suas histórias no Rio de Janeiro.

A escola do Santo Cristo apresentou um ótimo visual, com fantasias e alegorias muito bem executadas e muito brilho. A Vizinha Faladeira é uma das que brigarão pelas primeiras posições de seu dia de desfile.
ACADÊMICOS DA ROCINHA
A Borboleta de São Conrado passou por um problema durante sua concentração. Logo após a passagem da Vizinha Faladeira, imaginava-se que a azul, verde e branca entrasse logo em seguida. Porém, a escola da Zona Sul só entrou na pista cerca de 30 minutos depois. Nenhuma informação oficial foi anunciada, explicando o motivo. Alguns dizem, que é por conta do carro da Vizinha Faladeira que quebrou após a dispersão, atrasando seu início, outros dizem que é por conta da passagem dos carros da Rocinha, que por ficarem concentrados na Avenida Ernani Cardoso, não tiveram trânsito livre, e ficaram presos do outro lado do Mergulhão de Campinho, devido ao trânsito demais veículos, e isso impactou na sua concentração. Porém, nenhuma das duas informações podem ser confirmadas.
A escola precisou refazer grande parte de suas fantasias, em 11 dias, a tempo para o desfile. Segundo o presidente, um incêndio acabou com quase a totalidade de suas fantasias, obrigando a escola a começar do zero.
Já em seu desfile, a Borboleta Encantada apresentou o enredo “Melhor espetáculo da Terra”, que circula pelo universo infantil e suas fábulas.

A escola fez um ótimo desfile, suas alegorias tiveram um ótimo acabamento. Fantasias de fácil leitura e de bom acabamento, o samba interpretado por Lico Monteiro funcionou bem no desfile. A rainha de bateria, Taty Rosa, que também é musa da Imperatriz Leopoldinense, desfilou grávida e foi ovacionada pelo público. Devido ao grande número de componentes e por ficar parada em alguns momentos do desfile, acabou estourando um minuto, o seu tempo regulamentar, e deverá perder um décimo na apuração.
LEÃO DE NOVA IGUAÇU
Penúltima escola de segunda-feira, o Leão de Nova Iguaçu não fez uma boa apresentação, e deverá brigar para evitar o rebaixamento à Série Bronze.

Com o enredo “O Grande Obá”, a escola trouxe para a pista um desfile carregado de simbolismo, exaltando Xangô na figura de Aganjú e suas conexões com o sincretismo de São Jerônimo. A escola teve sérios problemas em evolução, componentes passaram sem cantar o samba, e alguns deles com a expressão de descontentamento, além do número pequeno de componentes.
A escola que desfilou sem sua ala de baianas, passou muito rápido, pela pista de desfile, e precisou segurar seu andamento, para que não passasse antes do tempo mínimo de desfile, que é de 35 minutos. Seus carros eram muito simples, em relação às suas concorrentes e com problemas de acabamento. Infelizmente, a escola deverá brigar para não cair.
ALEGRIA DE COPACABANA
A escola do Pavão-Pavazinho e Cantagalo substituiu a Alegria da Zona Sul, que deixou de existir no ano passado. E foi justamente a partir das fusão da própria Alegria de Copacabana, com o Unidos da Zona Sul, que surgiu a Alegria da Zona Sul.
Substituindo a antiga agremiação, a escola deu a impressão de herdar os problemas de sua antecessora.
A escola, além das poucas alas. Sete ao total, sendo duas chegando atrasadas e com a escola já no desfile, a vermelha e branca desfilou sem alegorias.

A alegação do presidente da escola, é que foram impedidos de alocar suas alegorias na concentração, por parte dos órgãos públicos. Ainda segundo ele, a Superliga Carnavalesca do Brasil tentou intermediar a conversa, porém seus pedidos foram negados. E com isso, a Alegria de Copacabana desfilou somente com sete alas, bateria, comissão de frente e carro de som. O que dá como certo, seu rebaixamento à Série Bronze.
TERCEIRA NOITE
BOI DA ILHA DO GOVERNADOR
O com o enredo “Arrepia Quinho”, em homenagem ao icônico intérprete Melquisedeque Marins, mais conhecido como Quinho, o Boi da Ilha do Governador abriu a terceira noite de desfiles na Intendente Magalhães, pela Série Prata. Tendo um dos maiores intérpretes do carnaval brasileiro, como tema central, a narrativa conta a trajetória de Quinho, tendo como um dos tópicos do enredo, o “Explode Coração”, do Acadêmicos do Salgueiro de 1993, com o enredo “Peguei o Ita no Norte”, um dos desfiles mais marcantes da história da Marquês de Sapucaí.
A escola da Freguesia da Ilha, fez um desfile bem empolgante, com o canto forte, e de certa forma, seguro. Contudo, o seu primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira tiveram como grande adversário, o vento, que chegou a atrapalhar o bailado dos dois, principalmente com o pavilhão da escola, que chegou a enrolar, durante a apresentação, sobretudo no segundo módulo de julgamento. A vermelha, branca e preta da Ilha teve de apressar os passos para não estourar o tempo, mas infelizmente, a escola expirou um minuto, seu tempo de desfile.
IMPÉRIO DA UVA DE NOVA IGUAÇU
Com o enredo “Abayomis! A boneca preta do Brasil – Da ancestral referência à resistência atual”, exaltando a representatividade africana na cultura brasileira.
Com fantasias de muito boa qualidade e alegorias muito bem elaboradas, a verde e branca do Carmari, apresentou uma ótima plástica..
Todavia, com certa preocupação com o tempo de desfile, a escola iguaçuana acelerou nos minutos finais, e acabou comprometendo sua evolução. Com isso, buracos foram criados na reta final do desfile, porém seu tempo de desfile foi de 37 minutos. Há três minutos do tempo regulamentar (40 minutos).
TUBARÃO DE MESQUITA
Com o enredo exaltando a ecologia, com o título “Repense, Reflita, Recicle. Vem na onda da sustentabilidade com a Tubarão de Mesquita”, a preta e branca da Baixada Fluminense fez uma excelente apresentação, e trouxe ótimos carros alegóricos, abusando de efeitos especiais.
Com o canto forte e uniforme, o samba cantando por Ito Melodia, caiu bem para o desfile, cativando a arquibancada. Com um grande número de componentes, a escola precisou acelerar para não estourar o tempo, mas infelizmente, a escola passou um minuto a mais que o regulamentar.
ACADÊMICOS DA ABOLIÇÃO
A verde e branca da Abolição trouxe o enredo “Somos os Reis da Rua!”, e homenageou a entidade Zé Pilintra, uma das mais importantes entidades de cultos afro-brasileiros, especialmente na Umbanda. Mestre do Catimbó ou apenas, Seu Zé é considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não seja alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do “malandro”.
Reza a lenda, que Zé Pilintra tenha nascido em Pernambuco. Há, ainda, relatos de que nasceu próximo à cidade pernambucana de Exu.
No seu enredo, a escola da Abolição também homenageou a figura do Clóvis, representado na cultura carioca como os bate-bolas, e além de citar a ocupação das ruas como espaço de resistência.
Com um desfile seguro, a escola teve pontos altos, sua bateria liderada pelo mestre Brazuca, suas alegorias e seu samba, visto como um dos melhores da Série Prata.
ALEGRIA DO VILAR
Alegria do Vilar foi a quinta escola a desfilar pela terça, e foi uma das grata surpresas da Série Prata. Com um desfile contagiante, embalado por seu samba de mesma intensidade, a escola de Vilar dos Teles fez uma ótima apresentação.
Com o enredo intitulado “Zé Lourenço, do Caldeirão da fé à semeadura da vida”, narra a história de José Lourenço, beato que pautou sua vida a lutar por dignidade e esperança para o Nordeste brasileiro.
UNIDOS DO JACAREZINHO
Com o enredo “Eureka” sobre a história da eletricidade, a rosa e branco contou desde a origem da luz, até a descoberta da eletricidade chegando aos dias atuais.
Com belas fantasias, e alegorias bem elaboradas, o Jacaré abusou de efeitos luminosos, trouxe uma plástica de altíssima qualidade.
Com um bom samba, puxado mais pra frente a escola evoluiu bem, manteve o canto forte, contagiando o público.
CONCENTRA IMPERIAL
A vermelha, branca e amarela de Sepetiba e Santa Cruz foi a sétima escola de terça. Com o enredo “Quem Me Guia!”, do carnavalesco Davi Gbanna, que fala sobre a fé.
A simpática agremiação da Zona Oeste fez um desfile pautado pela criatividade. E mesmo com certa simplicidade, soube executar sua narrativa em seu segundo desfile pela Série Prata.
Seu samba de fácil compreensão e com boa melodia, conquistou a arquibancada. Destaque também para a bateria Furacão Imperial comandada pelo mestre Vinícius Ramos, que fez com o samba ganhasse mais destaque.
ACADÊMICOS DO CUBANGO
Penúltima escola da terça-feira de carnaval, pela Série Prata, o Acadêmicos do Cubango trouxe sua forte ligação com enredo de temática “Afro” e fez uma das melhores apresentações do grupo, visando o tão sonhado retorno à Série Ouro.
Demonstrando sua garra, a verde e branca de Niterói mostrou sua diferença, e banhada no ouro e prata, o efeito de suas fantasias destoou das demais, outra inovação, foi trazer sua musa, à frente da comissão de frente. Com a escola mais enxuta, teve tempo suficiente para encerrar sua apresentação, em 39 minutos.
UNIDOS DE VILA SANTA TERESA
Fechando a última noite de desfiles, a azul e branca de Honório Gurgel, Rocha Miranda e Coelho Neto homenageou Maria Joana Rezadeira, que foi Mãe de santo, rezadeira, líder comunitária e uma das fundadoras do Império Serrano. Graças à sua dedicação e a de familiares, o Jongo transformou-se em patrimônio imaterial.
Mesmo com as adversidades do pré-carnaval, a escola da Zona Norte mostrou sua tradição, e conseguiu fazer uma justíssima homenagem à Vovó Maria, que completaria 123 anos em 2025.
Embalado por seu belo samba, interpretado por Ciganerey, um dos melhores intérpretes do carnaval, o desfile da azul e branca fluiu sem problemas, fantasias com bom acabamento, que passavam com clareza, a proposta para o desfile, seu canto se manteve uniforme em todo o desfile, fez com que a escola superasse todas as adversidades antes do carnaval, e apresentasse um ótimo desfile, encerrando a última noite da Série Prata.
APURAÇÃO
A apuração das Séries Prata e Bronze, e do Grupo de Avaliação será nesta terça-feira (11), por volta das 14 horas.
Somente a campeã na classificação geral da Série Prata ascende à Série Ouro. Já na Série Bronze, as duas melhores escolas de cada dia sobem para a Série Prata.