Um estudo realizado pela consultoria Macroplan, intitulado *Desafios da Gestão Municipal 2024*, revelou disparidades significativas na eficácia das políticas públicas entre os 100 municípios mais populosos do Brasil, com destaque para as regiões Sudeste e Sul, que ocupam as melhores posições no ranking de indicadores de saúde, educação, saneamento e segurança. Utilizando dados públicos como mortalidade, taxas de matrículas e atendimento pré-natal, a pesquisa classificou os municípios quanto à qualidade dos serviços oferecidos à população.
Entre as cidades melhor avaliadas, Maringá (PR) lidera o ranking, seguida por Franca (SP), Jundiaí (SP), Uberlândia (MG) e Curitiba (PR). Apenas Goiás e Tocantins tiveram representantes fora do eixo Sul-Sudeste: Goiânia ficou em 27º lugar, e Palmas, em 28º. Na contramão, as piores avaliações vieram principalmente de cidades do Norte, Nordeste e da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, com Macapá (AP) na última posição, após Nova Iguaçu, Porto Velho, Belford Roxo e Duque de Caxias.
A coordenadora do estudo, Adriana Fontes, enfatiza a necessidade de gestão baseada em evidências e cooperação entre governos para superar desigualdades regionais. “O Brasil é marcado por desigualdades históricas, que também se refletem no desempenho dos municípios. A continuidade das políticas públicas e o aprendizado com boas práticas são fundamentais para acelerar o progresso, evitando desperdícios e reduzindo disparidades.”
O estudo considerou dados entre 2010 e 2023, organizando um índice de qualidade similar ao IDH. A distribuição dos municípios avaliados mostra forte presença do Sudeste, especialmente de São Paulo, com 30 cidades na lista, enquanto estados como Acre, Alagoas, e Maranhão tiveram apenas as capitais analisadas. Brasília, no Distrito Federal, foi excluída do estudo.