Na noite de segunda-feira (22), forças dos Estados Unidos e do Reino Unido conduziram novos ataques contra os rebeldes houthis no Iêmen, em resposta às contínuas ações do grupo no Mar Vermelho. A operação, coordenada entre ambos os governos e com o apoio de Austrália, Bahrein, Canadá e Países Baixos, teve como alvo oito posições estratégicas dos houthis, buscando “perturbar e degradar” suas capacidades.
Os ataques foram direcionados, segundo comunicado conjunto, a um ponto de armazenamento subterrâneo dos houthis, bem como a locais de mísseis e vigilância aérea. A operação visa responder aos ataques contínuos do grupo rebelde à navegação internacional e comercial no Mar Vermelho, assim como a navios de guerra.
O Ministério da Defesa do Reino Unido afirmou que os ataques foram realizados em legítima defesa, visando reduzir as tensões e restaurar a estabilidade na região. A operação envolveu aviões da Força Aérea Real, utilizando bombas guiadas de precisão, com o objetivo de minimizar riscos de vítimas civis.
Grant Shapps, ministro britânico da Defesa, destacou que os ataques têm como propósito enfraquecer o arsenal dos houthis e impedir que representem uma ameaça ao comércio global e à vida de marinheiros inocentes. Quatro caças Typhoon foram empregados na ação.
Esta é a segunda operação conjunta desde o início de janeiro, refletindo a determinação dos EUA e do Reino Unido em enfraquecer as capacidades militares dos houthis, que têm recebido apoio do Irã. Alvos incluíram sistemas de mísseis, lançadores, sistemas de defesa aérea, radares e instalações de armazenamento de armas.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, em declarações nesta terça-feira, reafirmou o compromisso de “continuar a reduzir” a capacidade dos houthis para realizar ataques no Mar Vermelho. Ele ressaltou que os houthis atacam indiscriminadamente a navegação na região, buscando fechar uma via marítima vital.
Os rebeldes houthis, por sua vez, afirmam que esses ataques reforçam a determinação do povo iemenita em cumprir sua responsabilidade moral e humanitária para com os oprimidos em Gaza. Antes da confirmação oficial, a agência de notícias houthi denunciou os ataques, mencionando investidas contra a capital Sanaa e outras províncias do Iêmen.