Na noite deste domingo (5), Fernanda Torres entrou para a história do cinema ao conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático por sua interpretação em Ainda Estou Aqui. A produção, dirigida por Walter Salles, aborda temas profundos e emocionantes, como os traumas da ditadura militar no Brasil, por meio da personagem Eunice Paiva, que busca respostas sobre o desaparecimento do marido, interpretado por Selton Mello.
Fernanda improvisou um discurso comovente ao receber o prêmio em Los Angeles. A atriz agradeceu ao diretor Walter Salles, à sua família, ao marido Andrucha Waddington e ao colega Selton Mello. Ela dedicou o troféu à sua mãe, Fernanda Montenegro, que havia sido indicada ao Globo de Ouro 25 anos atrás por Central do Brasil.
“Com tanto medo no mundo, esse é um filme que nos ajuda a pensar em como sobreviver em tempos difíceis como esse”.
— Fernanda Torres
Concorrência de peso
Fernanda dividiu a categoria com grandes nomes do cinema mundial, como Angelina Jolie (Maria Callas), Nicole Kidman (Babygirl), Tilda Swinton (O Quarto ao Lado), Kate Winslet (Lee) e Pamela Anderson (The Last Showgirl). Apesar de já se considerar vitoriosa apenas pela indicação, a conquista representou um marco histórico para o Brasil, sendo o primeiro prêmio do país nessa categoria.
Reconhecimento internacional
Ainda Estou Aqui vem acumulando prêmios em festivais renomados, incluindo o “Melhor Roteiro” no Festival de Veneza e o “Prêmio do Público” no Festival Internacional de Cinema de Vancouver. Fernanda também recebeu o Critics Choice Award por sua atuação no longa, que já desponta como um forte candidato ao Oscar, com possibilidade de indicações nas categorias Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado.
Embora tenha perdido o Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Não-Inglesa para Emilia Pérez, a produção reafirma a força do cinema brasileiro no cenário mundial, enquanto Fernanda Torres consolida sua posição como uma das grandes estrelas do cinema contemporâneo.