Nesta quarta-feira (20), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou uma chamada pública para projetos que promovam integralmente a saúde nas favelas do Rio de Janeiro. O edital, com um montante de R$ 5,5 milhões, destina-se a financiar projetos de até R$ 100 mil, preferencialmente conduzidos por organizações sociais em rede.
A expectativa é que, a partir de meados de 2024, pelo menos 55 projetos sejam beneficiados por essa chamada pública. A ação faz parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, uma colaboração entre a Fiocruz, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), instituições universitárias e o setor privado.
O coordenador executivo do plano, Richarlls Martins, explicou que a chamada visa incentivar projetos que articulem o direito à saúde com outros direitos, incluindo ações de segurança alimentar e nutricional, comunicação e informação em saúde, ampliação do saneamento básico, educação e promoção da saúde nas escolas, entre outros.
“A chamada pública se propõe a promover e apoiar ações que pensem a promoção do direito humano à saúde de forma articulada com outros direitos”, destacou Martins.
O Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro foi concebido durante a pandemia de COVID-19, com recursos provenientes da Alerj, visando auxiliar famílias em territórios vulneráveis durante a emergência sanitária e contribuir com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre as ações já realizadas pelo plano estão a construção de cozinhas comunitárias, distribuição de cestas básicas, atividades de reforço escolar, treinamento profissional, formação de grupos terapêuticos, projetos para o desenvolvimento da agroecologia e iniciativas de comunicação.
Desde 2020, o projeto já implementou ações em favelas da capital fluminense, além de outros 17 municípios da região metropolitana e interior do estado. A meta da chamada pública é expandir o alcance do plano para outros municípios do estado. O lançamento ocorreu durante um evento na quadra da escola de samba Mangueira, na zona norte da cidade do Rio, reunindo parceiros do Plano Integrado de Saúde e representantes de 90 organizações sociais apoiadas por ele.