Nesta quarta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará um conjunto de medidas para fortalecer o setor audiovisual brasileiro. O evento coincide com a comemoração dos 126 anos do cinema no Brasil, marcado pela filmagem das primeiras imagens cinematográficas no país pelo italiano Afonso Segreto em 19 de junho de 1898.
Em comunicado, a Presidência da República destacou que os novos investimentos visam consolidar políticas culturais de incentivo, valorização e fomento à produção cinematográfica nacional. Além disso, o governo pretende reconhecer o talento dos profissionais da indústria audiovisual e ressaltar o cinema como uma importante forma de expressão artístico-cultural.
No último ano, entre as 415 estreias de longas-metragens nos cinemas brasileiros, 161 foram produções nacionais. Contudo, as produções brasileiras atraíram apenas 3,6 milhões de espectadores, representando apenas 3,2% do público total, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e dados do Ministério da Cultura.
Investimentos e Incentivos
O Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) prevê um investimento recorde de R$ 1,6 bilhão para a produção de filmes e séries brasileiras em 2024, superando os R$ 1,3 bilhão investidos em 2023. Entre as iniciativas em andamento, destacam-se:
- Coproduções Internacionais: Serão investidos R$ 200 milhões em parcerias com 47 países, recebendo um total de 476 projetos.
- Expansão da Infraestrutura: R$ 400 milhões serão destinados a projetos de infraestrutura, focados principalmente na expansão da rede de cinemas fora do eixo Rio/São Paulo.
- Produção de Curtas-Metragens e Intercâmbio: Desde 2023, R$ 6,1 milhões foram investidos em aproximadamente 100 projetos, através de seis chamadas públicas da Secretaria do Audiovisual.
Lei Rouanet e Captação de Recursos
Através da Lei Rouanet, foram captados R$ 146,6 milhões para projetos audiovisuais entre 2023 e 2024. Esses recursos são destinados a diversas iniciativas, incluindo produção de filmes, séries e apoio a festivais e eventos relacionados ao cinema.
O Ministério da Cultura ressalta que essas medidas visam não apenas incrementar a produção audiovisual nacional, mas também fomentar a inovação e a competitividade do setor em âmbito internacional, assegurando que o cinema brasileiro continue a ser uma vibrante forma de expressão cultural e artística.