O governo federal anunciou a aprovação do “Nova Indústria Brasil” (NIB), um plano abrangente para estimular o desenvolvimento do setor industrial do país. Com metas delineadas até 2033, o NIB pretende impulsionar a inovação e a sustentabilidade em áreas estratégicas, contando com um amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu oficialmente o plano do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) nesta segunda-feira (22). Lula destacou a importância do CNDI e comparou sua contribuição ao Conselhão, ressaltando o papel significativo desses conselhos na formulação de políticas para o desenvolvimento econômico e sustentável do país.
O plano contempla diversas missões, agrupadas em seis áreas estratégicas, incluindo cadeias agroindustriais, saúde, bem-estar nas cidades, transformação digital, bioeconomia e defesa. Para a implementação do NIB, serão destinados R$ 300 bilhões em financiamentos até 2026, gerenciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, enfatizou que essas medidas, juntamente com parcerias na indústria, contribuirão para o avanço econômico do Brasil. O plano busca tornar a indústria mais competitiva, priorizando setores estratégicos, inovação, digitalização e sustentabilidade.
Além disso, durante a cerimônia, o presidente Lula assinou dois decretos visando o uso de compras públicas para estimular setores considerados estratégicos, como transição energética e mobilidade urbana. Esses decretos definem áreas sujeitas à preferência por produtos nacionais nas licitações do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e estabelecem critérios para a aplicação de margem de preferência em compras públicas sustentáveis.
O setor industrial brasileiro, com foco na inovação e na sustentabilidade, busca impulsionar a economia, criar empregos qualificados e fortalecer a presença do país no mercado internacional. O governo enfatiza o diálogo contínuo entre o público e o privado para alcançar esses objetivos. O plano é visto como uma resposta aos desafios globais, como a transição ecológica e o domínio tecnológico, colocando o Brasil no caminho da neoindustrialização.