O governo federal tem como meta contratar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026 por meio do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que agora inclui uma nova faixa voltada à classe média. A informação foi confirmada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil.
A ampliação do MCMV permite que famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil possam financiar imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil, com prazos de até 420 meses (35 anos) e juros de 10,5% ao ano. A nova modalidade busca suprir uma lacuna deixada pela retração dos financiamentos com recursos da poupança, substituídos por aplicações mais rentáveis no mercado.
Para sustentar os novos financiamentos, o governo está utilizando R$ 30 bilhões provenientes de fontes como o Fundo Social — alimentado por receitas do pré-sal —, além de aportes da LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e da própria poupança. A expectativa é que, ainda em 2025, cerca de 120 mil famílias da faixa de renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil sejam contempladas.
Justiça social e acesso ampliado
Jader Filho também destacou que a maior parte dos contratos do programa continua sendo destinada às famílias de baixa renda, sobretudo da Faixa 1, com rendimento mensal de até R$ 2,8 mil. “Estamos promovendo justiça social. Aumentamos o subsídio, que agora pode chegar a R$ 55 mil, e reduzimos a taxa de juros ao menor patamar da história dos programas habitacionais do país”, afirmou.
As quatro faixas do programa atendem famílias com renda mensal entre R$ 0 e R$ 12 mil:
- Faixa 1: até R$ 2,8 mil
- Faixa 2: de R$ 2,8 mil a R$ 4,7 mil
- Faixa 3: de R$ 4,8 mil a R$ 8 mil
- Faixa 4: de R$ 8 mil a R$ 12 mil
Com a expansão, o Minha Casa, Minha Vida busca não apenas reduzir o déficit habitacional, mas também impulsionar o setor da construção civil e movimentar a economia por meio de investimentos em larga escala na habitação popular e de classe média.