O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou hoje o Programa Juros por Educação, uma iniciativa destinada a diminuir os juros da dívida dos estados com a União. Em troca, os estados deverão aumentar o número de vagas para alunos no ensino médio técnico.
O programa foi detalhado durante uma reunião entre o ministro Haddad e governadores de estados devedores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Romeu Zema (Minas Gerais). Este foi o quinto encontro realizado para discutir a questão da dívida.
A dívida acumulada dos estados chega a R$ 740 bilhões, sendo que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respondem por R$ 660 bilhões, o que equivale a 90% do total.
O governo federal busca com essa proposta estabelecer um pacto nacional em prol da formação profissional dos jovens no ensino médio. O objetivo é melhorar a empregabilidade e renda dos jovens, além de contribuir para o crescimento econômico e a estabilidade financeira dos estados.
Atualmente, apenas uma pequena parcela dos alunos do ensino médio está integrada à formação profissional, e o ensino para jovens e adultos com formação técnica tem uma adesão ainda menor.
O Programa Juros por Educação visa equiparar o Brasil à média dos países da OCDE, aumentando o número de matrículas no ensino médio técnico. Os estados que aderirem ao programa terão uma redução temporária das taxas de juros da dívida com a União, com base no aumento do número de matrículas no ensino técnico.
O programa estará aberto a todos os estados da federação, com diferentes taxas de juros e contrapartidas. Além disso, os estados poderão reduzir ainda mais as taxas de juros mediante amortizações extraordinárias do saldo devedor.
Essa iniciativa não apenas alivia o fardo fiscal dos estados, mas também impulsiona a educação profissionalizante, beneficiando diversos setores da economia e contribuindo para o crescimento sustentável do país.
A proposta apresentada pelo governo federal demonstra um esforço conjunto para enfrentar os desafios econômicos e educacionais do país, ao mesmo tempo em que busca soluções criativas e colaborativas para reduzir o endividamento dos estados e promover o desenvolvimento socioeconômico.