No domingo (14), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou para o iminente perigo de um conflito devastador no Oriente Médio. Ele pediu máxima contenção e destacou a urgência de recuar do abismo em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU convocada por Israel para discutir o recente ataque iraniano.
Guterres enfatizou que os civis já estão sofrendo as consequências e pagando o preço mais alto, ressaltando a necessidade de evitar ações que possam levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes na região. Ele destacou que a paz e a segurança, tanto regional quanto global, estão em risco, e enfatizou que o direito internacional proíbe ações de retaliação que envolvam o uso da força.
O líder da ONU dirigiu seu apelo tanto ao Irã, que justificou o ataque como retaliação por um bombardeio anterior a seu consulado em Damasco, quanto a Israel, que afirmou ter o direito de responder aos ataques iranianos.
Guterres ressaltou a responsabilidade compartilhada da comunidade internacional em evitar uma escalada entre o Irã e Israel, alcançar um cessar-fogo em Gaza, garantir a libertação dos reféns do Hamas e prevenir uma deterioração na situação na Cisjordânia.
Na reunião, estiveram presentes representantes do Irã, Israel e Síria. O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, alertou sobre as perigosas ambições iranianas e pediu medidas firmes do Conselho contra o Irã, incluindo a designação do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica como organização terrorista e a imposição de sanções.
O ataque iraniano, realizado com drones, mísseis de cruzeiro e balísticos, foi amplamente interceptado pelo Exército israelense. Este incidente aumentou as tensões já existentes entre Teerã e Tel Aviv, agravadas pela recente ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.