As Forças Armadas de Israel tomaram controle da passagem de fronteira de Rafah, entre Gaza e Egito, nesta terça-feira (7), enquanto seus tanques adentravam a cidade de Rafah, no sul de Gaza, após uma série de ataques aéreos durante a noite.
A ofensiva israelense coincide com esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, seus adversários, em meio ao prolongado conflito que entra em seu oitavo mês.
O grupo militante palestino afirmou na segunda-feira (6) ter aceitado uma proposta de cessar-fogo, mas Israel rejeitou os termos, alegando que não atendiam às suas exigências.
Enquanto os mediadores trabalham para garantir um acordo, os ataques israelenses persistem, levando a preocupações internacionais sobre a segurança dos civis em Rafah, onde os tanques e aviões israelenses atingiram diversas áreas e residências durante a noite.
Na terça-feira pela manhã, residentes de Rafah buscavam por sobreviventes sob os escombros, enquanto um corpo era preparado para o enterro em uma mortalha branca.
Raed al-Derby, que perdeu sua esposa e filhos, afirmou à Reuters: “Somos resilientes e permaneceremos firmes nesta terra. Estamos aguardando pela libertação, e esta batalha será pela nossa liberdade, se Deus quiser.”
Com mais de um milhão de pessoas buscando refúgio em Rafah, a maioria vivendo em condições precárias em acampamentos e abrigos improvisados, a situação humanitária torna-se cada vez mais desafiadora.
Os militares israelenses justificaram sua operação em Rafah como uma medida para neutralizar combatentes e desmantelar infraestruturas utilizadas pelo Hamas, que governa Gaza.
No entanto, o Egito alertou que a incursão israelense ameaça os esforços de cessar-fogo, enquanto líderes internacionais expressam temores sobre o aumento do número de vítimas civis.
Com a passagem de Rafah fechada devido à presença de tanques israelenses, a ajuda humanitária para Gaza é interrompida, intensificando ainda mais a crise.
Enquanto a pressão internacional aumenta sobre Israel para evitar uma escalada em Rafah, a situação permanece volátil e incerta para os residentes de Gaza.