O Estádio do Maracanã, icônico no Rio de Janeiro, transformou-se em um cenário monumental para receber Ivete Sangalo e sua legião de fãs. Na noite desta quarta-feira (20), a renomada cantora subiu ao palco em um evento especial intitulado “Ivete 3.0”, marcando o início das celebrações de suas três décadas de carreira. O show superou todas as expectativas e promessas. Denominado como um “esquenta” para a turnê comemorativa, a artista surpreendeu ao dar esse título modesto a uma apresentação que já se anunciava grandiosa antes mesmo de começar.
Desde setembro, Ivete havia anunciado seu retorno ao Maracanã em um espetáculo nunca antes visto. Seu último espetáculo no local, em 2006, resultou em um DVD lançado pela Universal, tornando-se o mais vendido do mundo na época. Contudo, ao longo dos anos, foi noticiado por alguns veículos de comunicação, que Ivete não figurava no topo das paradas musicais, enfrentando também a queda de audiência em seu programa televisivo, o “Pipoca da Ivete”. Como, então, explicar o espetáculo lotado e extraordinário no Maracanã nesta quarta-feira? A resposta reside no talento de Ivete em cativar multidões, combinado com a estrutura de uma turnê internacional de alto nível.
A grandiosidade do evento foi testemunhada por milhões que acompanharam o show através da transmissão na TV aberta. Pontualmente às 22h, Ivete aterrissou no Maracanã, emergindo em uma estrutura que a elevava acima do palco.
Como uma figura quase divina para seus fãs, Ivete apareceu vestida com um traje de plumas, contribuindo para uma estética “angelical”. O show teve início com lágrimas, tanto da artista quanto dos fãs, que entoavam “Alô Paixão”.
Com uma banda imponente, um diversificado grupo de bailarinos, um palco colossal com projeções em telões e fogos de artifício, foi durante “Só Love na Cabeça” que a estrutura do evento se consolidou como algo absurdo e contagiante.
A música foi acompanhada por milhares de confetes, pulseiras coloridas do público que acendiam luzes sincronizadas ao som, enquanto Ivete ditava o ritmo como se estivesse em um trio elétrico.
Após a participação de Ludmilla, que apresentou “Macetando” e “Cheguei”, o foco novamente voltou-se para a estrutura inesperadamente surpreendente.
Em “Abalou”, Ivete se apresentou em cima de uma moto, envolta em a nuvem de fumaça, trajando roupas de couro, como uma boa motoqueira.
Após esse momento impactante, o show retomou o ritmo do axé, pagodão e percussão baiana, apresentando sucessos como “Chupa Toda”, “Tempo de Alegria” e uma versão de “Baianidade Nagô”.
Dois momentos destacados do espetáculo repercutiram nas redes sociais: a participação de Andreas Kisser, guitarrista da banda Sepultura, durante a música “Cadê Dalila” e a emocionante subida ao palco das filhas de Ivete com o nutricionista Daniel Cady, Marina e Helena, de cinco anos.
“Eu mereço essa carreira”. declarou Ivete em um dos muitos momentos de emoção
O encerramento do “esquenta” foi marcado por uma escolha singela: sem bailarinos, fogos de artifício ou outros artefatos, apenas voando. Em uma estrutura impressionante, Ivete percorreu toda a extensão do Maracanã ao som de “Gigante”, sua música dedicada aos fãs, e “Minha Pequena Eva”, proclamando:
“Embora seja meu show de trinta anos, esse é só o começo de tudo”.