O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, em 23 de setembro, a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima em meio à Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. A operação já havia resultado na prisão da influenciadora Deolane Bezerra. A decisão judicial menciona a “conivência” de Lima com foragidos.
Segundo o tribunal, Gusttavo Lima teria dado suporte a José André e Aislla, investigados pela operação, facilitando sua fuga para a Europa durante uma viagem do cantor em seu avião privado. Embora a aeronave tenha retornado ao Brasil sem os suspeitos, as autoridades interpretaram o ocorrido como uma tentativa de fuga dos investigados.
Na mesma operação, a Polícia Civil apreendeu um avião registrado em nome da Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima. O cantor, por sua vez, alegou nas redes sociais que a aeronave havia sido vendida em 2022 e negou qualquer envolvimento com o esquema. No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a aeronave ainda constava em nome de sua empresa.
A Operação Integration, deflagrada em 4 de setembro de 2024, apura uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões através de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, outras 10 pessoas foram presas, incluindo empresários envolvidos com casas de apostas.
Deolane Bezerra, que havia sido solta após obter um habeas corpus, voltou a ser presa por descumprir as condições da prisão domiciliar. Ela afirma ser inocente e vítima de abuso de autoridade.
Além de decretar a prisão de Gusttavo Lima, a juíza responsável também determinou a prisão de Bóris Maciel Padilha, outro investigado. Foram suspensos os passaportes e o direito ao porte de arma dos envolvidos, em uma tentativa de evitar novas fugas.
O caso segue em investigação, e o Ministério Público recomendou que outras medidas cautelares sejam adotadas.