Em uma reunião ministerial realizada nesta quinta-feira (8) no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou seus ministros a concentrar esforços na execução dos projetos já apresentados, marcando uma mudança na estratégia de governo. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente destacou que o momento é de colher os frutos das iniciativas já lançadas, evitando a criação de novos programas.
“A orientação é que chegou a hora da colheita e de implementar tudo aquilo que foi anunciado. Ele [Lula] não quer mais a criação de programas, de propostas novas, não é um momento de plantar, é o momento de regar, botar fertilizante e colher. Então, daqui para frente, é cuidar do que foi plantado e fazer com que a gente possa, até o final do mandato, colher, porque se a gente continuar querendo plantar até o final, não vamos colher o que tentamos plantar”, explicou Rui Costa após a reunião.
Sobre o recente congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento, que impactou diversas pastas do governo, Costa afirmou que, embora ninguém receba bem cortes orçamentários, todos os ministros compreendem a necessidade da medida. Ele reforçou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas.
A reunião, que teve como objetivo fazer um balanço dos 19 meses de governo, contou com a presença de todos os ministros, além dos líderes do governo no Congresso, no Senado, na Câmara dos Deputados e de dirigentes de importantes instituições como o BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e IBGE.
Eleições Municipais
Lula também abordou a conduta dos ministros nas próximas eleições municipais. Ele permitiu que cada ministro apoie os candidatos de sua preferência, mas alertou para a importância de manter o debate em alto nível, evitando críticas pessoais e ofensas aos adversários.
“Ele queria que cada ministro replicasse o modo de fazer política que ele tem defendido, ou seja, da cintura para cima, defendendo valores, defendendo propostas e não de ataque a adversários. Porque cada ministro, mesmo que lá não esteja falando no cargo de ministro, simboliza o governo e ele gostaria que o símbolo do governo fosse de uma defesa enfática dos seus candidatos, sem a necessidade de adjetivos negativos”, concluiu Rui Costa.