A projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, sofreu uma redução significativa, passando de 3,8% para 3,76% em 2024, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (15). A diminuição das expectativas ocorre em um contexto em que 19 dos 22 municípios do Acre estão em situação de emergência devido às cheias do Rio Acre.
Para 2025, a projeção da inflação permanece em 3,51%, enquanto para os anos seguintes, 2026 e 2027, as estimativas são de 3,5% para ambos os anos. A previsão para 2024 está alinhada com a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,25% ao ano, tem sido utilizada pelo Banco Central como principal instrumento para controlar a inflação. No entanto, o Copom (Comitê de Política Monetária) já realizou cortes consecutivos nos últimos meses, visando manter uma política monetária contracionista para sustentar o processo desinflacionário.
A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano. Quanto ao crescimento da economia brasileira, as instituições financeiras revisaram a projeção para 1,77% em 2024, representando um aumento em relação à estimativa anterior de 1,75%. Para os anos seguintes, 2025, 2026 e 2027, as expectativas são de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2% para cada ano.
Em relação ao câmbio, a previsão é que a cotação do dólar encerre 2024 em R$ 4,93, enquanto para o final de 2025, a moeda americana deve atingir R$ 5, conforme apontam as estimativas do mercado financeiro.