O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira (14) que a Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo, terá três dias para restabelecer o fornecimento de eletricidade em mais de 400 mil imóveis afetados pelo temporal da última sexta-feira (11). A decisão foi tomada após a concessionária informar que não havia previsão clara para normalizar o serviço.
A força-tarefa para resolver o problema será ampliada, passando de 1.400 para 2.900 profissionais em campo, com apoio de outras distribuidoras de energia do país, além de um reforço logístico com mais de 200 caminhões e equipamentos adicionais. Silveira criticou a falta de planejamento do setor de energia para lidar com eventos climáticos extremos, afirmando que as concessionárias serão penalizadas caso não desenvolvam estratégias preventivas para mitigar impactos futuros.
“O setor de distribuição precisa ser proativo, não reativo”, afirmou o ministro, destacando que eventos climáticos severos estão se tornando mais frequentes e exigem um planejamento mais robusto. Ele também criticou a comunicação da Enel, classificando-a como inadequada diante da gravidade da situação.
Em resposta a rumores sobre uma possível renovação antecipada do contrato de concessão da Enel, o ministro esclareceu que não há discussões em andamento sobre o tema, já que o contrato atual vence apenas em 2028. Silveira recomendou que a Prefeitura de São Paulo priorize a gestão urbanística, especialmente no cuidado com a vegetação urbana, visto que mais de 50% dos problemas de interrupção de energia foram causados por quedas de árvores sobre as redes de média e baixa tensão.
As chuvas que atingiram a região metropolitana de São Paulo deixaram sete mortos e causaram danos significativos em várias áreas, incluindo a interrupção no fornecimento de água devido à falta de energia nas estações de bombeamento.