A agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota da dívida soberana do Brasil de Ba2 para Ba1, um nível abaixo do grau de investimento, aproximando o país dessa importante classificação que indica menor risco de inadimplência. A elevação reflete a percepção de que a economia brasileira vem apresentando uma melhora significativa, impulsionada por reformas econômicas e fiscais recentes.
Em seu comunicado, a Moody’s destacou o crescimento robusto da economia e o compromisso do governo brasileiro com a estabilização da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), além do foco em metas fiscais. Reformas, como a tributária, foram apontadas como fundamentais para melhorar o ambiente de negócios, promovendo uma melhor alocação de recursos e aumentando o potencial de crescimento no longo prazo.
A agência também destacou a agenda de transição energética, considerada estratégica para atrair investimentos e reduzir a vulnerabilidade do Brasil a choques climáticos. Em relação às contas públicas, a Moody’s projeta uma melhora gradual nos resultados fiscais primários ao longo dos próximos três anos, baseada no aumento de receitas e na revisão de despesas, com foco na tributação das classes mais ricas.
Apesar de fatores como dívida pública elevada e altos juros, a Moody’s ressaltou os expressivos ativos líquidos do Brasil, como suas reservas internacionais, que superam a dívida externa, tornando o país um credor desde 2006. O financiamento majoritário em moeda local também foi destacado como um ponto positivo.
O Ministério da Fazenda comemorou a elevação e reforçou seu compromisso com a melhoria das contas públicas, visando reduzir a relação dívida/PIB e criar um ambiente favorável para a redução das taxas de juros e a expansão dos investimentos.