Morreu na manhã de hoje (2), a jornalista e apresentadora Glória Maria aos 73 anos. A causa da morte foi um câncer no cérebro e ela estava internada no hospital Copa Star na zona Sul do Rio de Janeiro. Glória deixa suas duas filhas, Maria e Laura, para lembrar sua influência e contribuições na TV brasileira.
Glória Maria era uma jornalista renomada, com um extenso currículo no meio jornalístico. Ela apresentou o programa “Fantástico” de 1998 a 2007 e, desde 2010, integrou a equipe do “Globo Repórter”. Apresentou o “Globo Repórter” por 12 anos e, infelizmente, estava afastada do programa há mais de três meses devido a um tratamento de um cancer. Seu último programa foi ao ar no dia 5 de agosto de 2022.
Em 2019, Glória Maria recebeu o diagnóstico de um câncer de pulmão e submeteu a um tratamento com imunoterapia, que inicialmente teve sucesso. Infelizmente, mais tarde, ela sofreu uma metástase no cérebro, que foi tratada com sucesso por meio de cirurgia. No entanto, os novos tratamentos não tiveram o resultado esperado.
“Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio”, afirma o comunicado.
Pioneira
Glória Maria foi uma verdadeira trailblazer. Ela marcou história como a primeira jornalista a transmitir ao vivo em cores no Jornal Nacional, apresentou mais de 100 países em suas reportagens e foi protagonista de momentos históricos.
“Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa.”
Vida e carreira
A jornalista Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro, filha de Cosme Braga da Silva, um alfaiate, e Edna Alves Matta, uma dona de casa. Ela estudou em colégios públicos e sempre se destacou, aprendendo várias línguas e vencendo concursos de redação na escola. Durante sua carreira, ela também conciliou estudos em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) com um emprego de telefonista na Embratel.
Em 1970, Glória começou a trabalhar na Globo do Rio como radioescuta. Nesta época, ela se mantinha atualizada sobre as notícias da cidade ouvindo frequências de rádio da polícia e fazendo rondas telefônicas. Em 1971, ela foi promovida a repórter e cobriu importantes eventos, incluindo o desabamento do Elevado Paulo de Frontin no Rio de Janeiro. Durante sua carreira, Glória trabalhou em vários programas da Globo, como Jornal Hoje, RJTV e Bom Dia Rio. Ela também foi a primeira a fazer uma reportagem no matinal local, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.