Seis anos após o incêndio que devastou o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a instituição está fazendo um apelo à sociedade para conseguir doações que viabilizem a reabertura do palácio histórico no prazo previsto. O museu, que foi destruído por um incêndio em 2018, precisa de R$ 95 milhões até fevereiro de 2024 para manter o ritmo das obras e cumprir a meta de reabertura em abril de 2026.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, afirmou que, embora o trabalho de reconstrução esteja avançando, a continuidade das obras depende da captação desses recursos. “Se a gente não tiver, a obra não vai acontecer e não vamos entregar o museu”, alertou.
Histórico e Avanços
O Museu Nacional, que já arrecadou R$ 491,7 milhões de diversas fontes, incluindo o BNDES, o Ministério da Educação (MEC) e empresas privadas como Bradesco e Vale, viu 80% de seu acervo de 20 milhões de itens ser destruído pelas chamas. As obras emergenciais começaram logo após o incêndio, mas a reconstrução completa do prédio só se iniciou em 2021, com a recuperação das fachadas e telhados.
Cinquenta por cento do prédio já foi restaurado, e as obras no interior devem começar no segundo semestre de 2024. A direção do museu espera reabrir o Bloco 1 (histórico) em abril de 2026, com a reabertura total prevista para 2028.
Doações e Participação Social
Para que o museu atinja seus objetivos, Alexander Kellner destacou duas formas de colaboração: doações financeiras, que podem ser feitas por meio da Lei Rouanet, e doações de itens de acervo. Ele enfatizou a importância da participação de empresas, que podem destinar parte dos impostos para a reconstrução do museu.
Além disso, o museu lançou a campanha “Resgate o Gigante” para remontar o esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai, que estava em exibição antes do incêndio. A campanha busca arrecadar R$ 300 mil para a montagem e exposição do dinossauro, com a instituição comprometendo-se a aportar mais R$ 200 mil para finalizar o projeto.
Apoio da Sociedade
Kellner reforçou a importância do apoio da sociedade para que o Museu Nacional, que além de ser um centro de exposição, realiza pesquisas e oferece cursos de pós-graduação, possa retomar suas atividades plenamente. “Não é possível que a gente abra em 2026 sem o nosso dinossauro montado”, destacou.
O apelo do Museu Nacional por doações destaca a necessidade de um esforço coletivo para preservar o patrimônio cultural e científico do Brasil, garantindo que as futuras gerações possam usufruir de sua rica história e conhecimento.