Neste domingo (1º), a natação brasileira continuou sua trajetória de sucesso nos Jogos Paralímpicos de Paris, somando mais duas medalhas de bronze. Apesar de ser o dia menos produtivo da equipe até agora, essas conquistas deixaram o Brasil a apenas um pódio de alcançar a histórica marca de 400 medalhas na história das Paralimpíadas.
Lídia Cruz, da classe SM4 (para atletas com deficiências físico-motoras), brilhou nos 150 metros medley. A nadadora de Duque de Caxias fez uma prova impressionante, especialmente nos últimos 50 metros, quando, com um desempenho excepcional no estilo livre, assegurou o terceiro lugar com um tempo de 2min57s16. Este resultado também lhe rendeu o novo recorde das Américas na prova. A medalha de bronze em Paris é a primeira de Lídia em Jogos Paralímpicos, marcando um momento inesquecível para a atleta, que completará 26 anos na próxima quarta-feira (4).
O segundo bronze do dia veio no revezamento 4×100 metros livre classe S14, destinado a atletas com deficiência intelectual. A equipe brasileira, composta por Arthur Xavier Ribeiro, Gabriel Bandeira, Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares, passou por momentos de tensão e emoção durante a prova. Gabriel Bandeira chegou a colocar o Brasil na liderança, mas na parte final da disputa, a Grã-Bretanha e a Austrália se destacaram, deixando o Brasil com o terceiro lugar. Mesmo assim, o tempo de 3min47s49 garantiu um novo recorde das Américas para o quarteto.
Em outras finais do domingo, Phelipe Rodrigues terminou em quarto lugar nos 100 metros livre S10, enquanto Patrícia Pereira foi a oitava na mesma prova de Lídia Cruz. Roberto Alcalde Rodriguez e Laila Suzigan ficaram em sexto lugar nas provas dos 100 metros peito SB5, masculina e feminina, respectivamente.
Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, também disputou uma final no dia, nos 150 metros medley S3. Ele ficou em quarto lugar, mas o destaque foi o fato de ser o único atleta da classe S2 (com maior grau de limitação físico-motora) a competir na final. Seu tempo de 3min14s02 estabeleceu um novo recorde mundial para atletas da S2, superando a marca anterior, que também pertencia a ele, e foi conquistada durante as eliminatórias na manhã deste domingo.
Com esses resultados, o Brasil segue firme em sua trajetória nos Jogos Paralímpicos de Paris, continuando a adicionar conquistas ao seu rico histórico no evento.