Uma nova espécie de árvore frutífera foi descoberta por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro em julho deste ano, dentro do Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (MONA), localizado em Maricá, Rio de Janeiro. A árvore, batizada de Siphoneugena carolynae, é uma parente distante da jabuticabeira e representa a décima terceira espécie do gênero conhecida até hoje.
A descoberta ocorreu em uma área de conservação municipal que, devido à sua rica biodiversidade, tem atraído cientistas de várias partes do mundo. Desde 2009, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEAS) apoia o Programa de Apoio às Unidades de Conservação (PRoUC), que auxilia na criação e proteção dessas áreas, além de fornecer recursos e assistência técnica.
O estudo, liderado pelos pesquisadores Thiago Fernandes e João Marcelo Braga, envolveu expedições de campo realizadas entre 2018 e 2023 no Morro Itaocaia. Ao longo dessas expedições, a árvore foi monitorada em todas as fases de seu desenvolvimento reprodutivo. Com aproximadamente 7 metros de altura, a Siphoneugena carolynae possui apenas um único exemplar conhecido, localizado na unidade de conservação.
O resultado dessa pesquisa foi publicado na revista científica Brittonia, uma das mais respeitadas do mundo, e foi recebido com entusiasmo pela comunidade acadêmica. Thiago Fernandes, um dos autores do estudo, destacou a importância das áreas protegidas, mesmo que pequenas, para a conservação de espécies nativas e ameaçadas, como essa recém-descoberta.
Essa nova descoberta é um passo adiante para o conhecimento pleno da flora da Mata Atlântica, que ainda abriga muitas espécies desconhecidas para a ciência. Além disso, demonstra a importância das áreas protegidas para a conservação dessa e de outras espécies raras e com distribuição restrita. disse.
Essa descoberta ressalta o valor da Mata Atlântica, que ainda abriga muitas espécies desconhecidas pela ciência. Além disso, o local da descoberta tem um histórico interessante: foi onde o naturalista inglês Charles Darwin se hospedou durante sua visita ao Rio de Janeiro. Embora Darwin não tenha descrito essa espécie específica, ele ficou fascinado pela biodiversidade da região, que continua a surpreender até os dias de hoje.