Durante cerimônia realizada nesta segunda-feira (7), em Montes Claros (MG), a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou um investimento de R$ 6,4 bilhões para expandir sua planta industrial no Brasil. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que destacou a confiança de empresas estrangeiras no ambiente político, jurídico e econômico do país.
Segundo Lula, o Brasil oferece um cenário estável e promissor para novos investimentos, especialmente no setor de saúde, que tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como um dos maiores compradores de medicamentos do mundo. “Criamos oportunidades. O SUS é um patrimônio nacional e um atrativo para empresas que produzem medicamentos de ponta”, declarou.
A expansão da fábrica da Novo Nordisk — responsável por medicamentos como o Ozempic — deve aumentar significativamente a capacidade de produção de tratamentos injetáveis para doenças crônicas como obesidade e diabetes. O projeto inclui novas áreas de produção asséptica, armazém automatizado e laboratório de controle de qualidade com tecnologia de última geração. As obras já foram iniciadas e a previsão de conclusão é para 2028.

Geração de empregos e impacto local
Com a ampliação, a empresa deverá criar 600 novos empregos diretos, somando-se aos 2.650 postos diretos e indiretos já existentes em Montes Claros. A Novo Nordisk é fornecedora de insulina e medicamentos para hemofilia para o SUS, além de adotar políticas de inclusão no ambiente de trabalho, com foco em diversidade de gênero, raça, deficiência e orientação sexual.
A farmacêutica mantém unidades de produção em países como Dinamarca, Estados Unidos, França, China e Bélgica, e atende mais de 70 nações, incluindo o Brasil, onde está presente desde 1990 com escritório em São Paulo e planta industrial em Minas Gerais.
Vacinação contra a gripe também ganha destaque
Durante o evento, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin aproveitaram para receber a dose da vacina contra a gripe, marcando o início da campanha nacional de vacinação. A meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% de cobertura entre os grupos prioritários, como crianças, idosos e gestantes.

O imunizante oferecido protege contra três tipos do vírus influenza e, segundo a pasta, pode reduzir em até 70% os casos graves e mortes pela doença. Em 2024, a cobertura vacinal nesses grupos ficou abaixo do ideal, com média de 55,19% fora da Região Norte e 48,89% na região amazônica.