A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que 1,3 bilhão de pessoas, ou cerca de uma em cada seis no planeta, vivem com algum tipo de deficiência significativa. Esse número reflete a magnitude do desafio enfrentado por indivíduos que, frequentemente, encontram barreiras para acessar cuidados de saúde adequados.
“Pessoas com deficiência têm direito ao mais alto padrão de cuidado em saúde possível, assim como pessoas sem deficiência”, reforçou a entidade em comunicado oficial.
O Relatório Global sobre Igualdade na Saúde para Pessoas com Deficiência, divulgado pela OMS, aponta que, embora avanços tenham ocorrido em alguns países, as disparidades ainda são profundas. Muitas pessoas com deficiência enfrentam condições desiguais em diversas áreas da vida, incluindo o próprio sistema de saúde, resultando em maior mortalidade, piores condições de saúde e limitações no cotidiano.
Segundo o relatório, esses desafios não são inevitáveis, mas fruto de condições injustas que poderiam ser resolvidas. A OMS enfatizou que os países têm obrigações legais, previstas na legislação internacional sobre direitos humanos, para combater essas desigualdades e garantir acesso equitativo à saúde para todos.
A entidade também faz um apelo aos estados-membros para implementar políticas e medidas práticas que promovam igualdade na saúde. Além disso, a OMS destacou a importância da participação ativa da sociedade civil, incluindo organizações representativas de pessoas com deficiência, para defender e contribuir com a promoção de um padrão de saúde elevado para todos.
O relatório é um alerta global para a necessidade de transformar sistemas de saúde e estruturas sociais, garantindo que ninguém seja deixado para trás no acesso a serviços essenciais.