O projeto do Orçamento para 2025, encaminhado ao Congresso Nacional na noite desta sexta-feira (30), trouxe ajustes significativos nas projeções econômicas em comparação com os parâmetros estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de abril. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi ligeiramente reduzida de 2,8% para 2,64% no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Já a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi revisada para cima, com uma nova previsão de 3,3%, frente aos 3,1% anteriormente estimados. Outras variáveis macroeconômicas também passaram por ajustes. A Taxa Selic, que representa os juros básicos da economia, foi recalculada para uma média de 9,61% ao ano em 2025, enquanto a estimativa anterior era de 8,05%. A cotação média do dólar foi elevada de R$ 4,98 para R$ 5,19.
O documento também delineou previsões até 2028. O crescimento anual do PIB foi projetado em 2,6% para o período de 2026 a 2028, enquanto o IPCA deve estabilizar-se em 3% ao ano. Em termos de política monetária, a Selic deverá cair para 8,26% ao ano em 2026, com tendência de redução para 6,9% em 2027 e 2028. No momento, a taxa está fixada em 10,5% ao ano.
Em relação ao IPCA, a expectativa de 3,3% para 2025 fica ligeiramente acima da meta central de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Considerando a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, a inflação poderá variar entre 1,5% e 4,5% no próximo ano sem que a meta seja considerada descumprida. Em julho, o IPCA acumulado em 12 meses alcançou 4,5%, exatamente no limite superior da meta.
Além disso, o projeto orçamentário prevê que o preço médio do barril de petróleo será de US$ 80,79 em 2025, influenciando as receitas da União provenientes de royalties. A massa salarial nominal deverá registrar um crescimento de 7,84% no próximo ano.