Em seu próximo livro intitulado “Life: My Story Through History”, que será lançado em italiano e inglês no dia 19 de março, o papa Francisco faz uma declaração firme sobre sua intenção de não renunciar ao pontificado. Aos 87 anos, o líder da Igreja Católica afirmou que sua saúde é suficientemente boa para continuar exercendo suas funções.
Em trechos publicados pelo jornal italiano Corriere della Sera nesta quinta-feira (14), Francisco afirmou que a ideia de renunciar é uma “hipótese distante”, pois não vê motivos sérios o suficiente para tomar essa decisão. Ele reiterou que desfruta de boa saúde e que, se Deus permitir, ainda há muitos projetos a serem realizados.
Apesar de sua fragilidade física nos últimos anos, manifestada pelo uso de cadeira de rodas ou bengala, assim como por crises de saúde como bronquite ou resfriados, o papa enfatizou que consideraria a renúncia apenas em caso de um “sério impedimento físico”.
No livro, Francisco também reafirmou sua recente decisão de permitir que padres abençoem casais do mesmo sexo, ressaltando que é um dever da Igreja Católica acolher a todos, independentemente de sua orientação sexual. No entanto, ele enfatizou que essa decisão não implica uma mudança na doutrina católica, que reconhece apenas os casamentos heterossexuais.
Ao abordar outras questões, como aborto e barriga de aluguel, o papa reiterou sua condenação a essas práticas. Além disso, ele esclareceu que seu foco nos pobres e marginalizados não o torna comunista ou marxista.
A declaração de Francisco contrasta com a renúncia de seu antecessor, Bento 16, em 2013, citando as tensões da idade avançada. Bento 16 foi o primeiro papa a renunciar em cerca de 600 anos, e viveu por quase mais uma década após sua renúncia, falecendo aos 95 anos.