Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que desarticulou um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, o esquema “só não foi executado por detalhe”.
“A investigação da PF revela elementos extremamente graves, conectando esses crimes à tentativa de golpe e à atuação de membros do núcleo de poder do governo anterior,” afirmou Pimenta durante o evento do G20 no Rio de Janeiro. Ele destacou a relação entre os episódios da explosão planejada próximo ao aeroporto de Brasília, o acampamento em frente aos quartéis e os atos golpistas de 8 de janeiro.
“Chapa” e Alvo de Sequestro
De acordo com o ministro, o plano teria como foco ações violentas antes da posse presidencial, planejadas para o dia 15 de dezembro de 2022, com alvos diretos em Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Entre as intenções criminosas, também estava o sequestro e possível assassinato do ministro do STF.
Pimenta ressaltou o envolvimento de integrantes das forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e outros militares ativos e da reserva. “O objetivo era desestabilizar o país, atacando a chapa eleita e a democracia,” explicou.
Prisão de Envolvidos e Ligação com Golpismo
Entre os presos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares. Segundo o Exército, três dos detidos estavam afastados de atividades operacionais no momento da operação.
Para Pimenta, a investigação derruba qualquer narrativa de que os atos antidemocráticos de 8 de janeiro foram apenas protestos pacíficos. Ele defendeu que crimes contra a democracia não podem ser tratados com anistia.
Impacto nas Instituições e Segurança do G20
Apesar da gravidade dos fatos, o ministro garantiu que a segurança do G20 não está comprometida. “Os protocolos das forças de segurança do Estado continuam eficazes e integrados para proteger os interesses nacionais,” afirmou.
Economia de Golpes Contra a Democracia
A operação da PF, batizada de Contragolpe, expõe a urgência de combater articulações antidemocráticas no Brasil. Para Pimenta, essas ações precisam ser investigadas e punidas de forma exemplar, preservando a integridade das instituições e a democracia brasileira.