Nesta quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação com três mandados de busca e apreensão no estado do Rio de Janeiro, visando desmantelar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em quatro projetos sociais. A investigação aponta que, além do pagamento de propinas em contratos, os envolvidos direcionavam os projetos para seus redutos eleitorais.
Os crimes em questão relacionam-se aos programas Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, executados entre os anos de 2017 e 2020. A PF identificou a infiltração de uma organização criminosa nos setores públicos assistenciais do Rio de Janeiro, manipulando licitações e contratos.
As investigações revelaram desvio de verbas públicas e o pagamento de propinas aos participantes, variando entre 5% e 25% do montante total dos contratos na área de assistência social, ultrapassando a marca de R$ 70 milhões.
A PF não especificou se as fraudes ocorreram na prefeitura do Rio de Janeiro ou no governo estadual, ressaltando que os detalhes das investigações estão sob sigilo.
Vale destacar que em 2019, a operação Catarata, conduzida pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Civil, já havia focado nesses mesmos projetos sociais, apontando fraudes em licitações entre 2013 e 2018. Na ocasião, as investigações abrangeram uma fundação estadual (Leão XIII), de 2015 a 2018, e duas secretarias municipais da capital, de 2013 a 2017.