O presidente russo, Vladimir Putin, assumiu oficialmente um novo mandato de seis anos nesta terça-feira (7), em uma cerimônia realizada no Kremlin que contou com o boicote dos Estados Unidos e de outras nações ocidentais. Putin, que está no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 1999, inicia este novo período após ter enviado tropas para a Ucrânia há mais de dois anos, desencadeando tensões com o Ocidente.
Aos 71 anos, Putin mantém uma posição dominante na política russa. Internacionalmente, ele está envolvido em um confronto com países ocidentais, alegando que a Ucrânia é usada para enfraquecer e desmembrar a Rússia.
Após assumir o novo mandato, Putin declarou à elite política russa que não estava encerrando o diálogo com o Ocidente, mas que este deveria fazer sua escolha sobre como se envolver com a Rússia. Ele também indicou que discussões sobre estabilidade nuclear com o Ocidente seriam possíveis, mas apenas em termos de igualdade.
Putin obteve uma vitória esmagadora em uma eleição altamente controlada em março, da qual dois candidatos anti-guerra foram excluídos por razões técnicas. Seu oponente mais proeminente, Alexei Navalny, faleceu repentinamente na prisão um mês antes da eleição, enquanto outros críticos importantes estão detidos ou forçados ao exílio.
Além dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e muitas nações da União Europeia também boicotaram a cerimônia de posse. No entanto, a França optou por enviar seu embaixador.
A Ucrânia criticou a cerimônia, afirmando que ela buscava criar a “ilusão de legitimidade para a permanência quase vitalícia no poder de uma pessoa que transformou a Federação Russa em um Estado agressor e o regime governante em uma ditadura”.
Um aliado próximo de Putin, Sergei Chemezov, destacou que Putin trouxe estabilidade para a Rússia, uma característica que até mesmo seus críticos deveriam reconhecer. Chemezov afirmou que Putin continuará liderando a Rússia, apesar das possíveis objeções do Ocidente, enfatizando que Putin representa a estabilidade para o país.