O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados detalhados sobre a população indígena no Brasil, destacando um perfil populacional mais jovem e uma predominância masculina, especialmente entre os residentes em Terras Indígenas.
De acordo com os resultados do Censo 2022, 56,1% dos indígenas do país têm menos de 30 anos. Esse número aumenta para 68,9% quando considerados apenas os residentes em Terras Indígenas. Essa população jovem é um reflexo da idade mediana mais baixa, que é de 25 anos entre os indígenas em geral e de apenas 19 anos entre os que vivem em terras certificadas.
Apesar do perfil mais jovem, houve uma redução da base da pirâmide etária ao longo da última década, indicando uma possível redução da fecundidade dessas populações. No entanto, as dinâmicas territoriais e étnicas podem variar, especialmente entre as regiões do país.
Quanto ao sexo, os dados mostram uma predominância masculina entre os indígenas, com 97,07 homens para cada 100 mulheres na população geral e 104,9 homens para cada 100 mulheres entre os residentes em Terras Indígenas. Isso pode estar relacionado a uma menor mortalidade masculina e à migração de mulheres em busca de trabalho em centros urbanos próximos.
Os pesquisadores do IBGE ressaltam a importância de estudos complementares para entender melhor esses fenômenos demográficos, incluindo possíveis efeitos sobre a mortalidade materna devido à falta de acesso a serviços de saúde adequados em algumas áreas remotas.