A histórica Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio reabriu suas portas em março e deu início às comemorações pelos seus 70 anos de exibições. Fechada desde agosto de 2024 para adaptações estruturais durante o G20, a sala agora retorna modernizada — com tela nova, cabine reformada, sistemas de som e iluminação atualizados — e um público que mescla frequentadores antigos com jovens cinéfilos e estudantes de cinema.
“Tem sido lindo ver essa mistura de gerações”, conta José Quental, coordenador-geral da Cinemateca. A nova fase reafirma o compromisso do espaço com a preservação do patrimônio audiovisual e a formação de público, por meio de mostras, debates, cursos e sessões acessíveis.
A reabertura trouxe sessões movimentadas, como a do premiado Salomé, seguida de conversa com o diretor André Antônio. Clássicos de Hitchcock, Godard e Ford dividem espaço com obras raras, restauradas ou pouco exibidas — tudo sob a curadoria cuidadosa de Ruy Gardnier.
Em maio, a programação inclui o Urano Filme Festival e o curso “Cosmopoética com a Desobediência”, aberto ao público em parceria com a UFRJ. Com apoio da Lei Paulo Gustavo, a reforma de R$ 790 mil contou com o esforço conjunto do Ministério da Cultura, governo do estado, prefeitura e produtoras independentes.