Após mais de 13 anos de guerra civil, rebeldes sírios declararam o fim do regime de Bashar al-Assad ao tomarem o controle da capital, Damasco. No domingo, milhares de cidadãos foram às ruas para celebrar o que consideram uma nova era, enquanto o presidente Assad fugiu para um local desconhecido, segundo oficiais do exército.
Colapso do Regime e Reação Internacional
O avanço rebelde surpreendeu a comunidade internacional, desferindo um golpe na influência do Irã e da Rússia, aliados históricos de Assad. O Irã, apesar de discreto, chamou a atenção para a necessidade de soluções baseadas na soberania síria. Enquanto isso, líderes como Emmanuel Macron descreveram o fim do regime como um marco contra a “barbárie”.
Israel atribuiu a queda de Assad a pressões sobre o Irã e o Hezbollah, grupo que retirou suas forças da Síria conforme os rebeldes avançavam.
Desafios para os Novos Líderes
Embora a celebração seja intensa, o novo governo enfrentará a difícil tarefa de estabilizar um país devastado pela guerra e dividido por facções étnicas e políticas. Estimativas apontam a necessidade de bilhões de dólares em ajuda para reconstruir o que foi destruído ao longo do conflito, que deixou centenas de milhares de mortos.
Entre as ameaças persistentes, destaca-se a possibilidade de ressurgimento do Estado Islâmico, que já impôs um regime de terror em partes da Síria.
O Destino de Assad e a Transição de Poder
Sem paradeiro confirmado, Bashar al-Assad teria ordenado uma transição pacífica de poder antes de deixar o país, segundo autoridades russas. A coalizão rebelde, por sua vez, declarou que está estruturando um órgão de transição com plenos poderes para conduzir a reconstrução e reconciliar uma sociedade marcada por décadas de repressão e guerra.
Símbolos de Esperança
Em meio ao caos, centenas de prisioneiros políticos foram libertados, saindo de centros de detenção que, por anos, foram palco de torturas e violações de direitos humanos. As imagens desses prisioneiros celebrando nas ruas se tornaram um símbolo de esperança para muitos sírios, marcando um momento histórico que poderá redefinir o futuro do país.
O destino da Síria agora está nas mãos de seus novos líderes e da capacidade de superar divisões internas enquanto busca apoio internacional para se reerguer.