Marquês de Sapucaí recebe seis escolas para terceiro fim de semana de ensaios técnicos do Carnaval 2023, com duas do Grupo Especial e quatro da Série Ouro. O público pode assistir gratuitamente nas frisas e arquibancadas. No sábado, União de Jacarepaguá, Acadêmicos de Vigário Geral, Unidos de Padre Miguel e Unidos do Porto da Pedra se apresentam, e no domingo é a vez da Mocidade e Mangueira.
O ensaio começa às 19h30 com a União de Jacarepaguá, retornando à Sapucaí após 9 anos desfilando na Intendente Magalhães. Com o enredo “Manoel Congo Mariana Crioula. Heróis da liberdade no Vale do Café”, dos carnavalescos Lucas Lopes e Rodrigo Meiners, a escola contará a história dos escravos consagrados como heróis na revolta no Vale do Paraíba Fluminense, em 1838.
Em seguida, às 20h30, é a vez da Acadêmicos de Vigário Geral. A escola que em 2022 ficou em 10ºlugar, está pelo terceiro ano consecutivo na Série Ouro, e traz o enredo “A Fantástica Fábrica da Alegria”, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Costa, Lino Sales e Marcus do Val. Com uma proposta mais leve, a história vai narrar a vida do menino Samir, cria da comunidade de Vigário Geral, que sempre sonhou em encontrar o bilhete premiado e realizar todas as suas fantasias.
Às 21h30, a Unidos de Padre Miguel se apresenta no Sambódromo. A escola, que ficou em 5º lugar no ano passado, traz o enredo “Baião de Mouros”, desenvolvido pelos carnavalescos Edson Pereira e Wagner Gonçalves. O enredo pretende retratar a influência / interferência Árabe, Mouras e Muçulmana no Nordeste brasileiro, mostrando como essas influências se manifestam na música, no comércio e na cultura local.
Encerrando a noite, às 22h30, é a vez da Unidos do Porto da Pedra se apresentar. A escola, que está ha 11 anos no grupo de acesso e ficou em segundo lugar em 2022, traz o enredo “A invenção da Amazônia: Um delírio imaginário de Júlio Verne”, elaborado pelo carnavalesco Mauro Quintaes e o enredista Diego Araújo. O enredo se baseia no livro “A Jangada: 800 léguas pelo Amazonas” e leva o público numa aventura pelo Rio Amazonas, imaginada pelo escritor Júlio Verne, pai da ficção científica e de fantasia, mesmo que ele nunca tenha pisado em solo brasileiro.
No domingo, o Grupo Especial dará início à sua terceira noite de treinos. A Mocidade iniciará o desfile às 20h, após ocupar o 8º lugar no carnaval passado. Com o enredo “Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão”, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira, a escola pretende retratar o legado dos artistas do Alto do Moura, discípulos de Mestre Vitalino, pertencentes ao maior Centro de Artes figurativas das Américas.
Às 22h, a Estação Primeira de Mangueira encerrará a noite de desfiles. Após ficar em 7º lugar no ano anterior, a escola aposta em um tema que retrata o protagonismo negro. Com o enredo “As Áfricas que a Bahia canta”, desenvolvido pelos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão, a escola pretende mostrar as construções das visões de África na Bahia a partir de sua musicalidade e instituições carnavalescas negras, destacando o protagonismo feminino nesse processo e as lutas contra intolerância, racismo e pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira.